sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Além da F1: O ano de "F1 em destaque"


Se a Fórmula 1 merece um balanço ao final do ano, o blog também tem esse direito, é lógico. Ao final dessa jornada, o mais importante é dizer "Sobrevivemos!". Digo isso porque a atividade principal desse cara aqui não é ser blogueiro, e é melhor que seja assim, afinal "F1 em destaque" não me rendeu um real sequer. Mas como esse interesse não existia na época de sua fundação, isso não incomoda. Existem outras coisas mais importantes à frente.

Uma delas, e talvez a mais gratificante, é ter seu trabalho reconhecido pelos leitores. Felizmente, isso já aconteceu comigo, inclusive com pessoas que elogiaram o blog para mim sem saber que eu era o "escritor". Outras vezes, pessoas que não entendem nada de F1 lêem o blog por amizade ou curiosidade. Dessas, muitas gostaram do que leram. São esses (ainda) poucos admiradores que mantém o blog vivo, mesmo com o tempo curto.

Vamos agora aos números. Nesses nove meses de vida, "F1 em destaque" ultrapassou a marca de 5000 acessos únicos totais, sendo que só este mês foram mais de 700, com o recorde de mais de 150 acessos no primeiro dia de dezembro. Comparativamente falando, esses números correspondem a mais ou menos 1% do que o blog do Flávio Gomes, um dos mais conhecidos do ramo, tem. É pouco? Para o Flávio, seria um desastre, afinal ele fala de Fórmula 1 na Internet há mais de uma década, e tem uma vitrine chamada ESPN Brasil. Eu, por outro lado, tenho como vitrine umas camisas de futebol da minha turma de Medicina. Levando por esse lado, esse blog é um sucesso retumbante. "Nem tanto", diria o outro. É, menos, bem menos, vamos com calma.

Para 2012, quais seriam os objetivos? Primeiro, o blog vai passar por mudanças visuais mensais, levando em conta o calendário da Fórmula 1. Segundo, a sessão "Além da F1" vai crescer e ter seu espaço semanal, para aqueles que não são fanáticos por automobilismo. E, por último, sobreviver à rotina que não ajuda lá muito. Se tudo isso acontecer o ano já será positivo.

Aos três ou quatro leitores que me acompanham, informo: "F1 em destaque" funciona normalmente até a primeira semana de Janeiro, quando o blog entra de férias. Alguns posts podem surgir, mas só se for algo muito importante. Em Fevereiro, estamos de volta, de visual novo e com mais vontade que nunca. Até!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Balanço 2011 - Parte 3


Agora, chegamos na última parte do balanço da temporada de Fórmula 1. Vamos falar das quatro grandes, ou melhor, das três grandes e da extraterrestre Red Bull. Levando em conta que Mercedes, Ferrari e McLaren praticamente abandonaram o campeonato no meio para focarem apenas no carro de 2012, eu espero uma disputa bem mais acirrada pelo título próximo ano. Mesmo assim, a RBR já começa bem à frente das demais. Vamos aos destaques:

Mercedes: Em 2010, a equipe chegou fazendo barulho. Contratou o multicampeão Schumacher e a promessa Rosberg, manteve Brawn e utilizou toda a base da equipe campeã do ano anterior. Mesmo assim, só conseguiu ser a quarta força, sem vencer corrida alguma. Em 2011, não foi muito diferente. As vitórias ainda não vieram e Schumi mostra não ser mais o mesmo. Rosberg é bom, mas não consegue atingir a condição de especial. A única virtude do carro é o motor, mesmo assim os motores Renault hoje parecem competir de igual para igual. Muito mais que barulho, eles precisam de um pulo-do-gato como o que aconteceu com a Brawn em 2009 para sair da condição de coadjuvante de luxo em 2012.

Muita pompa, poucos resultados: a Mercedes ainda não mostrou a que veio.


Ferrari: A equipe italiana foi uma das surpresas negativas desse ano. O que mais prejudicou o time foi ter levado a disputa pelo título em 2010 até a última corrida, o que acabou adiando a construção do carro de 2011. Além disso, o péssimo rendimento de Felipe Massa fez com que a Ferrari não disputasse com a McLaren a vice dos construtores. Fernando Alonso já mostrou ser o piloto certo para a escuderia voltar a conquistar um título. Por outro lado, Massa está na cadeira elétrica. Um rendimento parecido com o que ele teve esse ano não o mantém na equipe. Na fila, são muitas as opções: Kubica, Rosberg, Kobayashi, Perez... Ou o brasileiro muda ou o país é rifado de vez da categoria.

Há três anos, eles não conseguem acertar a mão em um carro.


McLaren: Durante o ano, foi a única equipe capaz de fazer frente à Red Bull. Conseguiu vitórias com seus dois pilotos, pódios constantemente, pole positions em alguns momentos. Levando em conta o poderio da RBR, foi um ano vencedor para os ingleses. Talvez o único porém fique por conta do desequilíbrio de Hamilton frente ao bom (e surpreendente) desempenho de Button no campeonato. Entretanto, mais para o fim do campeonato, Lewis parece ter recuperado parte da tranquilidade. Caso esse equilíbrio se mantenha em 2012, a McLaren sai de cara como o time mais capaz de acabar com a hegemonia de Vettel e Newey. O desafio dos ingleses próximo ano talvez seja muito mais se aproximar da Red Bull do que disputar algo com a Ferrari.

A maior arma da McLaren: eles têm a melhor dupla do grid atual.


Red Bull: Com Vettel, a equipe foi imbatível durante o ano todo. O jovem alemão conseguiu bater o recorde de Mansell em 1992, conquistando quinze poles. Além disso, foram onze vitórias, dezessete pódios e mais de setecentas voltas lideradas. Número tão espetaculares quanto os conquistados por Schumi em 2002 e 2004, por exemplo. Seu companheiro, Webber, conseguiu o maior número de voltas rápidas. Para o próximo ano, são de longe os principais candidatos ao título. Depois do que foi visto em 2011, difícil acreditar em algo que não seja a hegemonia dos energéticos em 2012.

Vettel e Red Bull: a dupla a ser batida em 2012.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Balanço 2011 - Parte 2


Antes de continuar o balanço da última temporada na Fórmula 1, impossível não falar da vitória do Barcelona sobre o Santos. Não me lembro da última vez que um time brasileiro foi tão humilhado frente a um europeu. Claro que o Barcelona é essa Coca-Cola toda, mas daí fazer aquele papelão (em especial no 1º tempo) é inaceitável. Jogaram no mesmo nível do Al-Sadd e com uma dupla de zaga pior que a do Palmeiras. Como eu vi por aí na Internet, esse foi o domingo de manhã mais humilhante para o Brasil, e é porque domingo de manhã é dia de Fórmula 1.

Agora, voltemos ao que importa (pelo menos para mim), que é falar sobre o balanço do pelotão do meio. Renault, Force India, Sauber e Toro Rosso fizeram um trabalho decente e conseguiram disputar posições no top 10 com regularidade. Falta a todos eles o mais difícil, que é se aproximar um pouco da Mercedes, a pior das equipes de "outro mundo". Quem sabe, em 2012. Vamos aos destaques:

Toro Rosso: Sua função não é disputar vitórias nem pódios. A Toro Rosso funciona como uma oficina de novos talentos para a equipe principal. Dentro desse contexto, o time foi muito mais eficiente na disputa por pontos do que na descoberta de um novo Vettel. Como é a segunda opção que interessa à Red Bull, o ano terminou com saldo negativo, tanto é que a dupla titular foi dispensada essa semana. Como equipe, ao contrário, o saldo é bem positivo, principalmente ao se levar em conta que eles não contam mais com o apoio técnico irrestrito da Red Bull.

Toro Rosso em 2011: Carro bom, dupla ruim.

Sauber: Talvez seja a equipe mais organizada da categoria. Com recursos bem limitados, eles nunca fizeram um trabalho pífio na Fórmula 1, como o que fez a Williams esse ano, por exemplo. Pelo contrário, eles sempre foram um pouco acima de suas capacidades técnicas e financeiras. Dois elementos ajudaram muito para isso em 2011: a cultura suíça impregnada na equipe e uma das melhores duplas da história da Sauber, no caso Koba e Perez. O primeiro já é lenda, o segundo já é cotado na Ferrari. Já deu para sentir o drama: em 2012 eles prometem ainda mais.

Force India: Pelo segundo ano, a equipe indiana deve ser encarada como uma referência para as equipes do fundo do grid. Ela provou que é possível um time nascer mal e conseguir dar a volta por cima. Eu, inclusive, achava que eles seriam mais uma daquelas equipes que não duram três anos e saem pela porta dos fundos sem ponto algum. Felizmente, me enganei. Em 2011, eles deram mais um passo para a frente e conquistaram uma posição a mais nos construtores. Sutil fez mais pontos que os pilotos da Renault, para se ter noção. Espero muito deles em 2012.

Renault: Das equipes do meio do grid, a Renault meio que andou na contramão, principalmente na segunda metade do campeonato. Sem Kubica, o time não conseguiu melhorar um carro que nasceu muito bom. No começo, conseguiram dois pódios nas primeiras corridas. No final do campeonato, já estavam atrás da Force India e sem grandes perspectivas. Com Raikkonen no comando, eles têm tudo para manter uma trajetória ao menos constante durante a temporada. O campeonato melhoraria muito com isso. E com a volta de Kubica, é lógico.

Sem uma referência no cockpit, o carro da Renault parou no tempo.

sábado, 17 de dezembro de 2011

O cerco se fecha - Parte 2


Hulkenberg é o novo piloto titular da Force India. Fará dupla em 2012 com Paul di Resta, o futuro companheiro de Rosberg na Mercedes. Quem sobrou? O melhor dos desempregados: Adrian Sutil. Nono colocado em 2011, o alemão tem tudo para fisgar a segunda vaga da Williams. Com isso, sobrará só a vaga da Hispania, que não interessa a ninguém, talvez um pouco para Alguersuari. Conclusão: hoje é o pior dia para o automobilismo brasileiro. As chances de Senna ou Barrichello conseguirem um cockpit para a próxima temporada são próximas do zero. Teremos que nos contentar com Massa. Oremos.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Balanço 2011 - Parte 1


Um temporada interessante. É assim que dá para resumir o que foi o ano de 2011 na Fórmula 1. Difícil chamá-la de especial, excelente, espetacular, afinal disputa pelo título não existiu em momento algum. Como a coisa só pegava fogo do segundo para baixo, melhor chamar "interessante". E interessante também foram as novidades desse ano, em especial a asa traseira móvel e os pneus Pirelli. Quanto ao Kers, é meio que "a volta dos que não foram". Os aparatos novos trouxeram, sem dúvida, emoção. Só que, por outro lado, trouxeram também artificialidade, coisa que eu particularmente não gosto. Será se dá para unir emoção e naturalidade em um aparato só? Se eu soubesse a resposta, estaria a essa hora dando palestra e recebendo para escrever essas patacoadas.

Outra coisa: esse ano tivemos o recorde de pista e de número de carros terminando uma prova. Mas, levando em conta as pistas e os carros, esse recorde não vale para nada. Me lembra aquele recorde que o Cafu, lateral da seleção, queria bater, o tal do "maior quantidade de jogos com a amarelinha, haja emoção amigo!", como diz o Galvão. Ele conseguiu, mas todo mundo só se lembra do Zidane fazendo o Brasil de trouxa.

Agora, vamos ao que interessa: fazer um balanço das equipes e dos pilotos para essa temporada. Comecemos com a nata, o supra-sumo, o must da incompetência: Hispania, Virgin, Lotus verde e Williams. Quatro equipes, quatro pontos, nenhum pódio, nada mais.

Hispania: Essa não me decepcionou nem um pouco. Nem eles esperavam fazer alguma coisa esse ano, e com certeza não esperam nada para o próximo também. Se fosse um ser humano, a Hispania seria aquele cara pessismista que não espera mais nada nem dele nem de ninguém a seu redor. É uma equipe em depressão, e isso se reflete no carro: um patrocínio e vários pedidos de clemência espalhados pelo bólido. A HRT vai ser a válvula de escape para aqueles que não conseguiram vaga em lugar algum na concorrência. Sem projeto, dinheiro, muito menos esperança, a equipe acaba aos poucos. Triste, mas a realidade. Caso eles queiram sair do buraco, que se espelhem na Force India, uma equipe do fundo do grid que hoje disputa pontos regularmente.

Um patrocínio, alguns pedidos de ajuda: A Hispania foi a equipe mendiga da F1.

Virgin: Essa conseguiu me decepcionar bastante. A ousada equipe de Richard Branson parecia ter um projeto, algo verdadeiramente concreto para a Fórmula 1. Mas tudo isso se desmoronou só de ver o carro deles para 2011, um remendo do usado em 2010. Túnel de vento? Para quê, se a gente não quer saber de nada mesmo... Durante o ano, absolutamente nada aconteceu por ali. A distância para a fraca Lotus verdade aumentou, e eles passaram o ano disputando o ano com a depressiva Hispania. Próximo ano, a equipe passa a ser só Marussia, mas o ar de "I don't care" precisa sair dali urgentemente, caso contrário pode mudar o nome até para Red Bull que não vai ter jeito.

Observe a figura: a Virgin não evoluiu em 2011. Pelo contrário, a pintura (que se salvava) involuiu.

Lotus verde: Já começou o ano perdendo tempo naquela disputa judicial ridícula pelo uso do nome Lotus. Nas pistas, começaram melhor, usando motores Renault e construindo um carro nitidamente mais bem trabalhado que o da concorrência novata. Mesmo assim, pouca coisa mudou. Veja bem, eu disse "pouca", e não "nada". Eles evoluíram, mesmo assim não conseguiram encostar no péssimo carro da Williams. Portanto, durante o ano, disputaram posição com ninguém, afinal estavam bem distantes da equipe inglesa e a Virgin. Para o próximo ano, continuo esperando algo a mais, talvez um pontinho em uma corrida maluca. Acho que esse sonho é possível. Tomara que seja, porque não há coisa mais triste que sonhar com o impossível, não?

Williams: Uma temporada para esquecer. No início do ano, Barrichello prometia o mundo com esse novo carro, até vitórias. Ao final do ano, aquelas frases soam como se fosse deboche. O carro era ridiculo, o câmbio revolucionário era uma piada, os patrocínios eram escassos e os pontos também. Para mim, a pior temporada da Williams da história. Pode ser implicância minha, mas é a segunda vez que no segundo ano em uma equipe Rubinho está envolvido em um carro "caca". Ou já se esqueceram daquela Honda de 2007 que ele nem pontuou? Sei que a responsabilidade não é dele, mas que isso aconteceu, não dá para esquecer.

Guarde essa imagem na memória: esse foi o pior carro da história da Williams.


O que essas quatro equipes podem fazer para reverter o quadro? O trivial, oras: conseguir dinheiro, ter pelo menos um piloto talentoso, ter uma equipe habituada a construir carros de Fórmula 1, e o principal, que é vontade de evoluir. Meio óbvio, não? É, mas às vezes eu acho que ninguém vê isso. Talvez seja a hora de eu dar palestras...

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Na Toro Rosso, muda tudo


Buemi e Alguersuari caem fora, Ricciardo e Vergne chegam na equipe B da Red Bull. A mudança era esperada, só que se apostava na manutenção de pelo menos um dos pilotos. Mas, no fundo, a notícia não foi tão surpreendente assim. Levando em conta que a Toro Rosso funciona como uma oficina de novos talentos, ela falhou clamorosamente com sua última dupla. São dois pilotos normais, apenas. Se o objetivo era que surgissem dois novos Vettels, não deu. Agora é tentar com a nova dupla.

Com isso, sobram as vagas da Force India, da HRT e uma da Williams. São doze candidatos para quatro vagas, portanto a situação dos brasileiros é desesperadora. Até!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A Red Bull do futebol


Sábado, não pude ver ao vivo o jogo entre Real Madrid e Barcelona pelo Campeonato Espanhol. Levando em conta a qualidade de ambos, este foi o primeiro de muitos jogos que eles ainda irão disputar na temporada, portanto perder a primeira batalha não é o fim do mundo. Então, acabei assistindo o jogo por VT, já sabendo do resultado, no caso a vitória do time catalão por 3 a 1.

Antes de falar do jogo, importante saber que este é o sétimo encontro de ambos desde que José Mourinho chegou ao time merengue. Para quem não sabe, Mourinho era o técnico por trás de alguns dos times mais competitivos da década, como o Porto campeão europeu de 2004, o Chelsea bicampeão inglês e a Inter de Milão que levou a tríplice coroa há dois anos. Muitos, inclusive eu, consideram ele o melhor técnico em atividade. Portanto, à primeira vista, o Real Madrid contratou o homem certo para acabar com a hegemonia do Barcelona, que nas duas últimas temporadas só perdeu dois títulos: a Champions de 2009/2010 (vencida pela Inter de Mourinho) e a Copa do Rei desse ano (vencida pelo Real, também com "Mou"). Só que a coisa não anda dando certo: de sete partidas, o Barça venceu 3, o Real 1 e houve 3 empates. No Bernabeu, José ainda não ganhou. Aquele que era considerado a kryptonita do Barcelona deixou de ser.


Nos treinos, Mourinho mostrou a seu time dez lemas para sair do jogo com um bom resultado. No papel, parecia realmente estar tudo aquilo capaz de frustrar o adversário: jogo vertical, atenção constante à movimentação da bola, esquema 4-1-4-1, fazer do estádio um inferno, ignorar o árbitro, jogo aéreo, marcação cerrada, etc. Mal o jogo começa, o Barcelona erra no toque de bola e toma o gol com menos de 30 segundos. Tudo levava a crer que era o dia de redenção. O Real era agudo e muito perigoso, quase ampliando o placar com Cristiano Ronaldo, que perde um gol feito. A partir daí, o poder de fogo do time de Mourinho se apaga. O Barcelona toma a bola e o show começa.


Era de assustar a tranquilidade do time de Pep Guardiola. Tocava a bola como se estivesse jogando contra um time treinado por mim. Tomava a bola como se o Real fosse um time de juniores. Continuava com a tranquilidade acachapante. Fez, então, o gol de empate ainda no primeiro tempo, que acaba 1 a 1. Até aí, a coisa não estava ruim para os galáticos, que saíam mantendo os seis pontos de vantagem para o Barça. Só que ainda havia o segundo tempo. E, neste, a humilhação passou dos limites.


Não é que o Real Madrid deixou de jogar, é que ele não conseguia jogar. Quando um madridista finalmente tomava a bola, lá estavam três para pegar de volta. Formavam-se triângulos ao redor de cada jogador do Real com a bola, em uma nova versão do carrossel holandês. Mourinho não acreditava no que via e não sabia o que fazer frente ao que via. Em vinte minutos, o 3 a 1 já estava posto no Santiago Bernabéu. Nem eu nem ninguém acreditou que o Real pudesse ser presa tão fácil. Entretanto, acreditando ou não no que via, tinha certeza que estava na frente de um momento histórico do futebol.


O Real Madrid é ruim? Não, pelo contrário, é um dos melhores times que eu já vi jogar. Mas o time que tem CR7, Kaká, Benzema, Higuain, Ozil, Casillas e Mourinho deu o azar de surgir na mesma época que o de Xavi, Fábregas, Iniesta, Messi e Guardiola. Caso contrário, ganharia tudo, não tenho dúvida. Ah, e o Santos, como fica? O Santos que fique com o vice, oras.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O cerco se fecha


Mais uma vaga decente se foi: Grosjean será o companheiro de Raikkonen na Lotus em 2012. Confesso que à primeira vista não considerava a melhor escolha, só que eu apenas levava em conta o péssimo desempenho do francês na sua primeira passagem pela Fórmula 1. Entretanto, Romain evoluiu nesses dois anos, inclusive ganhando a última temporada da GP2. Sem dúvida, é uma credencial interessante, que nem Senna nem Petrov possuem. E, além disso, ele ainda tem o apoio de uma das principais patrocinadoras da equipe, a petrolífera Total. Aí, não precisa nem justificar, né?

Agora, que presta, só sobrou a vaga da Williams, disputada por vários pilotos, dentre eles Barrichello e Senna. Como eles nem consideram correr por uma Marussia ou uma Hispania, provavelmente teremos no máximo dois representantes do país na categoria. Uma situação lamentavelmente inédita.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Sobre Globo, UFC e Fórmula 1


Hoje, a Folha noticiou que a Globo vai aos poucos diminuir a participação de Galvão Bueno na Fórmula 1. O motivo? A apatia dos pilotos brasileiros reduziu a importância e, principalmente, a audiência das corridas. Houve uma redução de 52% no Ibope de 2002 para cá, ou seja, metade das pessoas desistiu da categoria em quase dez anos. Com esse "desmame", Galvão vai aos poucos se dedicando à menina dos olhos da emissora do Jardim Botânico, o tal do UFC (ou MMA, nunca entendi a diferença).

Em alguns momentos, parei sim para assistir a algumas dessas lutas, talvez movido pela intensa propaganda em torno desse "esporte". Em termos de entretenimento, sem dúvida é uma atração poderosa. Mas daí dizer que é a nova sensação, a ponto de se tornar prioridade na carreira de um narrador, é um pouco demais. Primeiro que aquilo não é esporte. Espancar o outro até alguém vir e "apartar" é briga, barraco, espancamento, nunca esporte. Outra coisa: esporte se pratica na rua, pelas crianças. Futebol, basquete, vôlei, todas essas modalidades são cotidiamente praticadas em qualquer escola, praça ou canto do país. Por outro lado, o mesmo não pode acontecer com o MMA. Já pensou se as crianças resolvem dar uma de Anderson Silva para cima dos amigos? Nesse contexto, não se pode tratar o UFC/MMA como esporte, mas sim como uma atração, show, "espetáculo", arte, mesmo que não seja. Assim, nós seríamos apenas apreciadores do espetáculo de sangue e violência, ou de golpes e estratégia, para os fãs da modalidade.

A Globo tem fins lucrativos como toda empresa que se preze. Ela já percebeu que, no Brasil, qualquer esporte só funciona se tiver um brasileiro entre os melhores. Foi assim no boxe, no basquete e na Fórmula 1, e está sendo assim com o vôlei e, mais recentemente, com o MMA. Sem destaque algum, a tendência é que a Fórmula 1 vire atração da TV paga em um futuro não muito distante, e que o UFC vire a mais bem-sucedida peça esportiva da emissora. A Globo tem culpa de a população ter "trocado" a principal categoria do automobilismo por um bando de machos se atracando? Não. Ela só oferece aquilo que o povo quer ver. Mas que é triste, ah, isso é.

* Depois de horas pesquisando, sei agora a diferença entre UFC e MMA. Vou dar um exemplo: UFC está para o MMA assim como a Uefa Champions League está para o futebol, ou seja, é uma competição que reúne os melhores da modalidade. Portanto, agora só chamo UFC, afinal a competição é que a Globo transmite.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Williams confirma Maldonado

A Williams confirmou que um de seus cockpits será ocupado por Maldonado em 2012. Como piloto reserva, a equipe terá Bottas próximo ano. Por mais que não pareça, são duas notícias um tanto quanto agradáveis para Barrichello, ainda no aguardo para a vigésima temporada na categoria.

Por que a Williams não fecha logo com Rubens? Porque ela ainda espera uma mala cheia de dinheiro vinda de algum piloto. Raikkonen era a primeira opção e o parceiro mais ideal, afinal em uma mesma pessoa se associariam talento e dinheiro, coisa que não está mais disponível no mercado. Sobraram figuras do naipe de Petrov, Grosjean, Senna e Barrichello. Em se confirmando a segunda vaga da Lotus, restam três candidatos para uma vaga. Nessa parada, bastam alguns patrocínios para Barrichello conseguir se manter no time de Frank. Essa é a tendência.

Próxima semana, um balanço do rendimento das equipes e pilotos em 2011, dividido em três partes. Até!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Começou a dança: Raikkonen na Renault


Quem é fã de Fórmula 1 comemorou. A volta de Raikkonen para a categoria representa um ganho de talento, arrojo e genialidade no grid. Isso fica ainda melhor já que ele assinou com a Renault, uma equipe aparentemente mais capaz de dar a ele um carro de qualidade. Caso ele tivesse ido para a Williams, as conquistas mais graúdas não seriam conseguidas a curto prazo; seria necessário algum tempo de adaptação e bons patrocinios para que os resultados bons viessem. Por outro lado, na futura Lotus, a chance de disputar pódios, por exemplo, é quase que imediata. Ponto para o piloto e a equipe, portanto.

E Kubica? A contratação do finlandês mostra que Robert não volta tão cedo para a Fórmula 1. Nesse contexto, a segunda vaga continua em aberto e com três candidatos: Bruno Senna, Grosjean e Petrov, em ordem de chance. Mesmo não mostrando muita coisa, Senna é o mais cotado, muito por causa dos patrocínios e pelo sobrenome. Ah, e logicamente, pela falta de talento da concorrência... Petrov tem chances remotas, mesmo cheio da grana. Mas para ele vai ser fácil conseguir um cockpit, basta levar um monte de dinheiro russo (rublos, segundo o Google).

E Barrichello? Um fio de esperança se acendeu, sem dúvida. A Williams não trabalhava com um plano B caso as conversas com Kimi não vingassem. Por causa disso, o plano B (de Barrichello) ganhou muita força. Caso Bruno feche com a Renault em quinze dias, como eles prometeram, as chances passam a ser enormes. Para quem gosta do brasileiro (como eu), é torcer.

domingo, 27 de novembro de 2011

Finalmente, Webber vence. Button é vice.


Mark Webber consegue no apagar das luzes sua única vitória na temporada. Sem vencer há quase um ano e meio, o australiano fez uma corrida segura e foi ajudado pelo problema no câmbio de Vettel, que veio logo atrás. Button, o terceiro, conquistou com merecimento o vice campeonato. Já Alonso, o quarto, terminou nessa mesma posição no campeonato, coroando o péssimo ano da Ferrari, que venceu apenas uma das vinte corridas ocorridas em 2011. Vamos aos últimos destaques do ano:

Senna X Schumacher: Logo no começo da prova, Senna bate seu bico no pneu traseiro esquerdo de Schumi, que acaba furando. Os comissários punem o brasileiro, mas a meu ver foi um incidente de corrida banal, apenas. A batida tirou Bruno da disputa pelos pontos, e dificultou ainda mais sua permanência na Renault. Pelo que mostrou nas corridas que disputou, vai ser difícil ele conseguir um cockpit em uma equipe razoável para o próximo ano.

Virgin: O nome da equipe já é piada pronta. Hoje, eles esqueceram de colocar a porca do pneu de Glock, que abandonou a prova logo que saiu dos boxes. É, o conglomerado de Richard Branson deixa a categoria ainda "virgem" em competência.

Force India: A antes "pior equipe do grid" deixou de lado essa péssima caraterística e entrou no rol das intermediárias. Esse ano, subiram uma posição no mundial de construtores, passando para a sexta posição. E hoje conseguiram colocar seus dois pilotos na zona de pontuação. Que sirva de inspiração para Marussia, Caterham e Hispania em 2012.

A Fórmula 1 2011 acabou, mas "F1 em destaque" não! Nesse final de ano, as atualizações do blog continuarão, mostrando tudo que acontece fora das pistas e até da F1. Até!

sábado, 26 de novembro de 2011

Vettel, soberbo

Dessa vez, Vettel deixou de lado os adversários e passou a disputar só com ele mesmo. E venceu: fez uma volta voadora e ficou com o tempo abaixo de 1min12seg. Mais abaixo, o Brasil não fez feio, conquistando posições acima de seus limites, como o 9º lugar de Bruno Senna e o 12º de Barrichello. Vamos aos outros destaques:

Barrichello: Em meio a tanta especulação em torno de seu futuro, Barrichello mostrou ao grid por que ainda é possível apostar em alguém com 39 anos. Ficou seis posições à frente de Maldonado e tem suas chances de pontuar amanhã. Definitamente, 2011 ainda não é a hora de o brasileiro pendurar as luvas. Pelo menos por vontade própria.

Disputa pelo vice: Button deu mais um passo para consolidar o vice campeonato. Basta não dar uma de Hamilton que o título simbólico será seu.

Virgin: O último treino da Virgin (que passa a ser só Marussia em 2012) não podia ser mais melancólico. Largando nas duas últimas posições, a marca de Richard Branson se despede da categoria da pior forma. Depois de dois anos, é possível dizer que o projeto da empresa, que há dois anos parecia ser o mais ousado e interessante, fracassou. O mesmo (ainda) não se pode dizer quanto à futura Caterham, que ainda não abandonou o barco da Fórmula 1.

O GP do Brasil acontece amanhã, às 14h (pelo horário de verão).

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Destaque - GP do Brasil - Treino Livre

Segundo treino livre - GP do Brasil:
1º. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), 1min13s392 ( 35 )
2º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), a 0s167 ( 41 )
3º. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), a 0s195 ( 41 )
4º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), a 0s206 ( 35 )
5º. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), a 0s331 ( 38 )
6º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), a 0s358 ( 39 )
7º. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), a 0s395 ( 36 )
8º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 0s480 ( 42 )
9º. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), a 0s752 ( 41 )
10º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), a 1s415 ( 48 )
11º. Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault), a 1s464 ( 38 )
12º. Bruno Senna (BRA/Lotus Renault), a 1s539 ( 37 )
13º. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari), a 1s578 ( 32 )
14º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), a 1s627 ( 45 )
15º. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), a 1s872 ( 44 )
16º. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), a 1s996 ( 41 )
17º. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth), a 2s287 ( 43 )
18º. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), a 2s511 ( 40 )
19º. Jarno Trulli (ITA/Team Lotus-Renault), a 2s906 ( 36 )
20º. Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus-Renault), a 2s946 ( 48 )
21º. Jérôme D'Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth), a 4s639 ( 39 )
22º. Timo Glock (ALE/Marussia Virgin-Cosworth), a 4s659 ( 45 )
23º. Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth), a 4s975 ( 42 )
24º. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth), a 5s084 ( 42 )

Depois de muitos anos, nos deparamos com um GP do Brasil que não vale absolutamente nada. Triste, afinal a pista é boa demais para tanto pouco prestigio. Durante todo o fim de semana, as notícias mais "bombásticas" serão as referentes a troca de pilotos. Atenção para Barrichello, que tem boas chances de pilotar como "tampão" na Renault. Até!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Várias especulações em uma


Fábio Seixas, em seu último post, escreve que Barrichello está muito próximo de fechar com a Renault para o próximo ano. Dentro desse "furo", várias ilações podem ser feitas. Vejamos algumas:

1) A especulação, sendo verdadeira ou não, aponta para uma tendência: Kubica ainda não tem condições de guiar um Fórmula 1. Caso ainda existisse um fio de esperança para seu retorno no começo da próxima temporada, Rubens estaria há muito tempo fora do páreo. Entretanto, talvez o pior para Robert não seja nem isso. Nas últimas semanas, surgiram fotos que escancaram quão grave é a situação do piloto polonês. Não sou especialista no assunto, mas todo aquele aparato em torno de seu braço é um péssimo sinal. Uma pena, mas acho difícil Kubica voltar a pilotar a médio prazo, pelo menos.

2) A performance de Bruno Senna não agradou nem um pouco aos chefões da Renault. Caso contrário, o nome de Rubens não seria nem posto na roda. A Senna resta disputar a provável segunda vaga, afinal nem o dinheiro de Petrov garante sua permanência na equipe devido ao seu rendimento sempre modesto (sendo bem bondoso). Junto do russo, ainda há Grosjean. Entretanto, seu rendimento em 2009 é um péssimo cartão de visitas.

3) Apesar de muita coisa ainda emperrar o fechamento do contrato, parece que a chegada de Raikkonen à Williams é dada como certa. Caso se concretize, é um excelente negócio para a equipe, já que a presença de um campeão mundial em um cockpit facilita a conquista de bons patrocínios. E é esse dinheiro que pode melhorar o status da outrora melhor equipe da categoria. Por outro lado, o finlandês não fez, pelo menos a curto prazo, a melhor das escolhas. Basta ver o péssimo carro construído pela equipe esse ano. Até!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

A prova do crime

Teste para jovens pilotos – dia 1 (*):
1º. Jean-Éric Vergne (FRA/Red Bull-Renault), 1min40s011 (83)
2º. Jules Bianchi (FRA/Ferrari), a 0s949 (85)
3º. Robert Wickens (CAN/Lotus Renault), a 2s206 (78)
4º. Fabio Leimer (SUI/Sauber-Ferrari), a 2s320 (67)
5º. Gary Paffett (ING/McLaren-Mercedes), a 2s901 (41)
6º. Max Chilton (ING/Force India-Mercedes), a 3s005 (81)
7º. Valtteri Bottas (FIN/Williams-Cosworth), a 3s107 (71)
8º. Oliver Turvey (ING/McLaren-Mercedes), a 3s491 (35)
9º. Sam Bird (ING/Mercedes), a 3s537 (51)
10º. Rodolfo González (VEN/Lotus-Renault), a 4s011 (87)
11º. Stefano Coletti (MON/Toro Rosso-Ferrari), a 5s267 (87)
12º. Dani Clos (ESP/Hispania-Cosworth), a 5s318 (68)
13º. Charles Pic (FRA/Marussia Virgin-Cosworth), a 6s919 (30)
14º. Adrian Quaife-Hobbs (ING/Marussia Virgin-Cosworth), a 7s281 (32)

Esses treinos não tem nada de importante a ponto de serem feitos comentários sobre o tempo dos pilotos. São testes aerodinâmicos, muitos deles inclusive voltados já para o próximo ano. Por que, então, eles estão aqui? Só para fazer uma constatação: não há nenhum brasileiro na pista. Isso escancara a realidade nacional dentro das pistas. Caso nenhum programa de jovens pilotos (ou coisas do gênero) seja realizado no país, caminharemos para um futuro tenebroso no automobilismo. Se é que nós não estamos já nele...

(*) Tempos combinados das duas sessões

domingo, 13 de novembro de 2011

Hamilton vence e salva o ano

Classificação final – Abu Dhabi:
1º. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), 55 voltas em 1h37min11s886
2º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), a 8s457
3º. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), a 25s881
4º. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), a 35s784
5º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), a 50s578
6º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 52s317
7º. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), a 1min15s900
8º. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), a 1min17s100
9º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), a 1min40s000
10º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), a uma volta
11º. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari), a uma volta
12º. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), a uma volta
13º. Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault), a uma volta
14º. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth), a uma volta
15º. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), a uma volta
16º. Bruno Senna (BRA/Lotus Renault), a uma volta
17º. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Renault), a uma volta
18º. Jarno Trulli (ITA/Lotus-Renault), a duas voltas
19º. Timo Glock (ALE/Marussia Virgin-Cosworth), a duas voltas
20º. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth), a duas voltas
Abandonaram:
Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth)
Sébastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari)
Jérôme d’Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth)
Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault)

A vitória do inglês serviu muito mais do que para aumentar sua coleção de troféus. Ele conseguiu pilotar de maneira consistente, calculista, centrada, ou seja, muito diferente das atuações afoitas que o tornaram o maior criticado pela mídia especializada durante o ano. Mesmo assim, as atenções na McLaren agora serão voltadas apenas para Button, afinal ele ainda tem algo a conquistar, no caso o vice-campeonato. Vamos aos outros destaques:

Circuito de Yas Marina: A corrida desse ano melhorou muito em relação às duas anteriores. A introdução da asa traseira móvel serviu muito para isso e até eu, que pertenço ao grupo contrário à sua utilização, reconheço sua utilidade no dia de hoje. Entretanto, seria muito mais interessante fazer alterações na pista do que introduzir artefatos circenses. Outro detalhe que não passou despercebido: essa foi a primeira vez que uma corrida começou de dia e terminou à noite. Um cenário absolutamente fantástico.

Vettel: A chance de se igualar a Schumacher em número de vitórias terminou na primeira curva. Pela primeira vez esse ano, o alemão abandonou uma prova, provavelmente por problemas na suspensão. Isso mostra a qualidade do projeto liderado por Horner e Newey, que deve continuar hegemônico ainda por um bom tempo.

Maldonado: Deu a louca no venezuelano. Mesmo com bandeira azul, não queria deixar ninguém passar. Ele estava competitivo até para disputar posição nenhuma com um piloto bem à sua frente. A Williams não merece mais passar vergonha esse ano. Já está bom.

Menção honrosa: Barrichello. Largando em último, ganhou doze posições durante uma prova com poucos pontos de ultrapassagem. Sem dúvida, é um piloto que não merece sair da categoria pela porta dos fundos, como aparentemente a impresa indica.

Button e Alonso: Pelo que fizeram hoje, tudo indica que a disputa pelo vice campeonato vai ser tudo aquilo que a disputa pelo título não foi. Somando isso ao excelente circuito de Interlagos, é possível que tenhamos uma das melhores corridas do ano. Até!

sábado, 12 de novembro de 2011

Destaque - GP de Abu Dhabi - Classificação

Grid de largada – Abu Dhabi
1º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), 1min38s481
2º. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), 1min38s622
3º. Jenson Button (ING/ McLaren-Mercedes), 1min38s631
4º. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), 1min38s858
5º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), 1min39s058
6º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), 1min39s695
7º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), 1min39s773
8º. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), 1min40s662
9º. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), 1min40s768
10º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), sem tempo
11º. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari), 1min40s874
12º. Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault), 1min40s919
13º. Sébastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), 1min41s009
14º. Bruno Senna (BRA/Lotus Renault), 1min41s079
15º. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), 1min41s162
16º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), 1min41s240
17º. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Renault), 1min42s979
18º. Jarno Trulli (ITA/Lotus-Renault), 1min43s884
19º. Timo Glock (ALE/Marussia Virgin-Cosworth), 1min44s515
20º. Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth), 1min44s641
21º. Jérôme D’Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth), 1min44s699
22º. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth), 1min45s159
23º. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth), 1min41s760 (*)
24º. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), sem tempo
(*) Punido com perda de dez lugares no grid por estourar limite de motores imposto pela FIA

Vettel faz mais uma pole nos segundos finais e torna uma corrida, que já era chata, em insuportável. Vai ser difícil acontecer alguma coisa interessante, mas como sempre há esperança, não custa nada deixar a TV ligada amanhã de manhã. Com mais essa "vitória", o alemão iguala o número de poles conquistada por Mansell em 1992: quatorze. Por outro lado, o sábado dos brasileiros foi para esquecer. Massa larga atrás de Alonso pela enésima vez, Senna não passou para o Q3 e larga só na 14ª posição, e Barrichello (com problemas no motor) é o último do grid. Só jogando sal grosso...

De destaque mesmo, só a decepção da McLaren em ver uma pole quase certa escapar. Definitivamente, nada melhor que o fim do campeonato para a equipe "primeira das últimas". Até!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Destaque - GP de Abu Dhabi - Treino Livre

Segundo treino livre – GP de Abu Dhabi:
1º. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), 1min39s586 (31)
2º. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), a 0s199 (29)
3º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), a 0s385 (20)
4º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), a 0s394 (33)
5º. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), a 0s518 (35)
6º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), a 0s546 (26)
7º. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), a 0s967 (34)
8º. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), a 1s365 (34)
9º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), a 1s435 (37)
10º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), a 1s904 (34)
11º. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari), a 1s979 (34)
12º. Sébastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), a 2s094 (33)
13º. Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault), a 2s361 (31)
14º. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), a 2s397 (34)
15º. Bruno Senna (BRA/Lotus Renault), a 2s783 (36)
16º. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), a 3s212 (35)
17º. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth), a 3s324 (34)
18º. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Renault), a 3s976 (36)
19º. Jarno Trulli (ITA/Lotus-Renault), a 4s464 (38)
20º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 4s679 (41)
21º. Timo Glock (ALE/Marussia Virgin-Cosworth), a 5s900 (34)
22º. Jerome D’Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth), a 6s556 (32)
23º. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth), a 6s663 (21)
24º. Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth), a 6s742 (34)

Mais do mesmo. Com a Red Bull atrás apenas do vice campeonato (e sem lá muita vontade), nada mais resta. A Ferrari não tem mais carro para tirar os pontos que Button tem de vantagem, já Webber não tem cacife (leia-se talento) para isso. Bem que Abu Dhabi poderia ficar para o começo do campeonato, afinal a pista é ruim e a corrida tem muito pouco valor para os espectadores. O que nos resta, então? Torcer para que os dois pontos de acionamento da asa traseira móvel tragam um pouco mais de emoção. Caso contrário, será um fim de semana perdido. Até.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Zanardi

Para quem não acompanha automobilismo, o nome de Alessandro Zanardi talvez não remeta a muita coisa. Deixa eu fazer um breve resumo de sua história: Zanardi, italiano, correu pela Fórmula 1 entre os anos de 1991 a 1994, além de 1999. Foi piloto da Jordan, Minardi, Lotus e, por fim, teve sua melhor chance na categoria com a Williams. Entretanto, a equipe errou a mão no carro e não foi possível fazer uma boa temporada. Saindo da Fórmula 1, Alessandro correu de Cart (a Fórmula Indy atual), até que no ano de 2001 ele sofreu um grave acidente, que acabou ocasionando a amputação de suas duas pernas.

Aí a carreira do italiano dentro das pistas acabou, certo? Não. Ele passou a correr pela WTCC em 2005 com um carro adaptado, vencendo corridas em quatro das cinco temporadas que disputou na categoria. Não satisfeito, Zanardi passou a participar de maratonas de bicicleta de mão. Em 2010, ele venceu a Maratona Paraolímpica de Roma e, no domingo passado, chegou a seu auge, vencendo a Maratona de Nova York. Agora ele se dá por satisfeito? Pelo contrário. Seu próximo desafio é participar das Paraolimpíadas de Londres em 2012, só isso. Depois do que ele já fez, alguém ainda acha que ele não vai conseguir?

Após tudo isso, dá para perceber o tanto que nós, "normais", deixamos de dar valor ao que realmente merece. Como somos pequenos perto de um cara desses...

domingo, 6 de novembro de 2011

Pesadelo brasileiro


Há muito tempo, o Brasil não ia tão ruim na Fórmula 1. Faltando duas corridas para o fim do campeonato, o saldo é bem desanimador: nenhuma vitória, nenhum pódio e um quinto lugar de Massa como o melhor resultado. Os outros dois representantes (Barrichello e Senna), juntos, somaram seis pontos em dezessete corridas. Já tivemos desempenho parecido em um passado recente? Sim, nas na época anterior à ida de Rubens para a Ferrari, ou seja, nunca fomos tão ruins a bordo de carros como a Ferrari ou a Renault. O que acontece, então?

Um conjunto de elementos contribuiu para o saldo pífio. Primeiro, começamos o ano com apenas dois representantes, muito por causa da péssima estratégia de Lucas di Grassi e do próprio Senna de tentar entrar na Fórmula 1 pela porta dos fundos, "a ferro e fogo". O resultado todos já sabemos: sem um carro decente, eles dificultaram suas permanências na categoria. Então, tivemos que nos segurar com Massa e Barrichello, cada um com sua falta de sorte. O primeiro foi liquidado por Alonso dentro e fora das pistas já no ano passado, e esse ano não demonstrou o menor ímpeto em tentar reverter o quadro, como fez Button na McLaren, por exemplo. Já o segundo recebeu da Williams um carro cheio de defeitos e apostas que fracassaram (como o tão falado câmbio diminuto), com o agravante de a equipe não ter dinheiro para reverter o quadro. Mais para o último terço do campeonato, chega Bruno Senna com seus patrocínios, mas até agora também não conseguiu fazer muita coisa com um carro que pouco conhecia. O resultado está aí, a olhos vistos.

Outra coisa: o nível de renovação deixa muito a desejar. Desde a ida de Barrichello para a Ferrari, muitos brasileiros passaram pela categoria, mas somente Massa conseguiu se firmar. E, ao olharmos para as categorias de acesso à Fórmula 1, praticamente só nos restam dois nomes, que são o do próprio di Grassi e o de Luiz Razia. Levando em conta a curta carreira que resta aos dois principais pilotos do Brasil, a situação passa a ser ainda mais desanimadora.

É preciso que o automobilismo brasileiro mude seus conceitos, deixe de tratar os pilotos, equipes e pistas como sendo de várzea. Sem a menor vontade daqueles que comandam as categorias nacionais, a situação tende a piorar e a se tornar irreversível a curto prazo. A palavra de ordem deve ser profissionalização, e não omissão. O resultado dessa falta de vontade pode ser visto no Ibope: a audiência da Fórmula 1 só cai desde 2008, última vez que o Brasil de fato disputou um título. Conclusão: sem representantes, o brasileiro perde o interesse pela velocidade. Para quem já torceu mais por Senna do que pela própria seleção de futebol, é uma grande decepção.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Fim da linha para Barrichello?


Já é dada como certa a contratação do finlandês Kimi Raikkonen, campeão de 2007, pela equipe Williams. Junto dele, vem aquilo que o tirou da Ferrari no final de 2009: o patrocínio de um banco, no caso o Banco Nacional do Qatar. Isso significa que a equipe inglesa vai ter melhores condições financeiras para fazer um trabalho mais decente. Junto de Kimi continua Pastor Maldonado, bem protegido pelo dinheiro do país de Hugo Chavez. E Barrichello, como fica? Façamos ilações.

Primeiro: O brasileiro, pela idade e pelo currículo que carrega, não tem chance nas quatro grandes, nem ao menos como piloto de testes. Para fazer parte de uma delas, ou se tem muito talento com muita pouca idade ou se carrega muitos títulos e muitos bons desempenhos na bagagem. Não é o caso dele.

Segundo: Das equipes do pelotão do meio, quase não há opções. Na Toro Rosso não dá, porque a equipe funciona como uma fábrica de novos talentos. Enquanto isso, na Sauber e na Force India, a dupla está fechada ou muito perto disso. Por outro lado, na Renault, a disputa já está muito atribulada: são quatro pilotos (Kubica, Petrov, Senna e Grosjean) para duas vagas. Conclusão: também não dá.

Terceiro: Nas equipes do fundo, Barrichello tem boas chances em qualquer uma delas. Entretanto, isso não é lá muita vantagem. O brasileiro não merece (e duvido que tenha vontade) de terminar o ano zerado. Portanto, mesmo tendo chances, ele não deve dar muita atenção às outrora novatas.

Como deu para perceber, só uma mudança muito grande no mercado de pilotos faz com que Barrichello complete seu vigésimo ano na Fórmula 1. Como nada é impossível, aguardemos.

domingo, 30 de outubro de 2011

Uma nova era: a "era Vettel"


Vettel venceu mais uma na temporada. Chegou a ser irritante o modo como o alemão andou a corrida inteira: sem ser ameaçado por ninguém, ainda debochou no final, marcando o melhor tempo na última volta. Mais duas vitórias e ele iguala o feito de Schumacher em 2004, quando o velho alemão se saiu vitorioso em 13 corridas na temporada. É, definitivamente, uma nova era que se avizinha. Vamos aos outros destaques:

Revival Hamilton X Massa: Algo de estranho acontece entre os protagonistas da temporada 2008. Corrida sim, corrida também, os dois se encontram. Se das outras vezes a culpa foi claramente do inglês, dessa vez Massa foi com muita sede ao pote, talvez até pelo histórico recente de ambos. Não freou antes da curva e acabou provocando a batida e, em seguida, a merecida punição. Não há dúvidas: nem o mais pessimista dos "ferraristas" e "mclaristas" imaginava um campeonato tão pífio de ambos.

Só para constar: o mais engraçado de todo o enrosco foi a reação de Rowan Atkinson. Ou seria Mr. Bean? Acho que nem ele sabe:


Brasil no pódio? Só no Pan: Esse ano, depois de muito tempo, o Brasil passou zerado. Nem um podiozinho sequer o país conseguiu. Isso é motivo para horas e horas de discussões, mas não há quem discorde de uma coisa: o país precisa urgentemente rever seus conceitos automobilísticos, do contrário, corre o sério risco de terminar sua bela história na Fórmula 1 em 1994, com Ayrton Senna. Três vices em vinte anos é muito pouco para quem já foi oito vezes campeão mundial.

Disputa pelo vice-campeonato? Que nada...: Button tem tudo para ser o vice-campeão de 2011, com todo o mérito, diga-se de passagem. Quem acompanhou viu o inglês fazer um campeonato eficiente e constante, muito diferente do alterado Hamilton. Em virtude disso, uma disputa apenas sobrou, que é a do sexto lugar entre os construtores. Force India, Toro Rosso e Sauber ainda têm chances concretas de salvar alguns milhões de euros para o próximo ano. Quem leva essa? Eu aposto na Force India, mas a coisa anda bem disputada por ali. Até a próxima!

sábado, 29 de outubro de 2011

Destaque - GP da Índia - Classificação

Treino classificatório - GP da Índia:
1º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), 1min24s178
2º. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), 1min24s508
3º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), 1min24s519
4º. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), 1min24s950
5º. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), 1min24s474*
6º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), 1min25s122
7º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), 1min25s451
8º. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), sem tempo
9º. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), sem tempo
10º. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), sem tempo
11º. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), 1min26s337
12º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), 1min26s503
13º. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth), 1min26s537
14º. Bruno Senna (BRA/Lotus Renault), 1min26s651
15º. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), 1min27s247
16º. Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault), 1min26s319**
17º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), 1min27s876
18º. Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus-Renault), 1min28s565
19º. Jarno Trulli (ITA/Team Lotus-Renault), 1min28s752
20º. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari), 1min27s562***
21º. Jérôme D'Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth), 1min30s866
22º. Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth), 1min30s216****
23º. Narain Karthikeyan (IND/Hispania-Cosworth), 1min30s238*****
24º. Timo Glock (ALE/Marussia Virgin-Cosworth), 1min34s046******

*Lewis Hamilton perde três posições no grid por ter ignorado bandeira amarela no primeiro treino livre.
**Vitaly Petrov perde cinco posições por ter causado o acidente com Michael Schumacher no GP da Coreia.
***Sergio Pérez perde três posições no grid por ter ignorado bandeira amarela no primeiro treino livre.
****Daniel Ricciardo perde cinco posições por segunda troca de câmbio em menos de cinco corridas.
*****Narain Karthikeyan perde cinco posições por ter bloqueado Michael Schumacher durante o Q1 no treino classificatório.
******Timo Glock não alcançou o limite dos 107%, mas os comissários concederam uma autorização para ele largar.

Mesmo com o título debaixo do braço, Vettel marca mais uma pole, no caso a 13ª do ano. O alemão está muito perto de bater o desempenho assombroso de Schumacher em 2004. Seria uma nova era se aproximando? Para azar de Alonso, Hamilton e seus blue Caps, tenho quase certeza que sim. Vamos aos outros destaques:

Punições e mais punições: Como pode ser visto acima, o GP da Índia, logo na sua estreia, bateu todos os recordes de punições a pilotos. Desses, o mais acostumado é Hamilton, que conseguiu uma razoável quinta posição dentro das circunstâncias. Mas, do jeito que a coisa anda feia para o inglês, é melhor que ele não espere muita coisa amanhã, já que virou rotina as burradas de Lewis aos domingos.

A chama apagou: O desempenho de Bruno Senna não surpreende a mais ninguém logo no momento mais importante de sua carreira. Muito mais que pontuar nas corridas, o que o brasileiro precisa é mostrar a todas as equipes da categoria, em especial à Renault, que tem predicados para guiar um carro de Fórmula 1. Seu dinheiro ajuda muito, mas com o talento junto, a permanência dele na categoria seria um fato consumado. Espero que isso aconteça nas próximas corridas.

Quase sempre meio segundo: Essa é a diferença que regularmente separa Alonso de Massa. Por mais que o espanhol seja um piloto acima da média, é inegável que o brasileiro também tem suas qualidades, ao ponto de nunca ter levado uma surra do Raikkonen, um campeão mundial. O que acontece com o brasileiro? Seria uma pressão mental que o espanhol faz? Seria a falta de rendimento do carro que traz a ele tal apatia? Como conseguir essas respostas? Melhor esperar 2012 chegar...

O GP da Índia acontece amanhã, às 7h30 da manhã (horário de verão - Brasília).

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Destaque - GP da Índia - Treino Livre

Segundo treino livre - Buddh:
1º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), 1min25s706 ( 33 voltas )
2º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), a 0s088 ( 34 )
3º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), a 0s224 ( 34 )
4º. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), a 0s748 ( 26 )
5º. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), a 0s794 ( 30 )
6º. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), a 1s008 ( 28 )
7º. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), a 1s610 ( 34 )
8º. Bruno Senna (BRA/Lotus Renault), a 1s792 ( 36 )
9º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), a 2s147 ( 35 )
10º. Sébastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), a 2s162 ( 35 )
11º. Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault), a 2s184 ( 37 )
12º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), a 2s344 ( 34 )
13º. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari), a 2s583 ( 36 )
14º. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), a 2s846 ( 31 )
15º. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), a 2s985 ( 29 )
16º. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth), a 3s002 ( 24 )
17º. Jarno Trulli (ITA/Team Lotus-Renault), a 3s626 ( 39 )
18º. Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus-Renault), a 4s535 ( 41 )
19º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 5s392 ( 38 )
20º. Timo Glock (ALE/Marussia Virgin-Cosworth), a 5s763 ( 32 )
21º. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), a 6s098 ( 28 )
22º. Jérôme D'Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth), a 6s887 ( 12 )
23º. Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth), a 7s062 ( 33 )
24º. Narain Karthikeyan (IND/Hispania-Cosworth), a 7s118 ( 33 )

Por mais que o resultado não sirva de muita coisa a essa altura, é no mínimo bacana ver Massa liderando alguma coisa. Esse ano, salvo engano, é a primeira vez que isso acontece. Melhor que isso seria uma vitória do brasileiro domingo, vitória essa que ao menos daria a Felipe o título de "primeiro vencedor do GP da Índia". Próximo a ele, em terceiro, está Alonso. Os bons tempos foram causados em parte pela nova asa dianteira, fabricada para 2012, e que ao menos este ano pode servir para o espanhol conseguir o vice-campeonato.

Outra coisa bem interessante que deu para observar foi a pista. Tomara que eu não esteja enganado, mas parece que ela é uma das melhores criações de Tilke. Aquele togogã vai dar o que falar, espera só o domingo chegar...

Imagina o Schumi disputando posição por aqui?


P.S.: Perez e Hamilton foram punidos com três posições do grid por não respeitarem a bandeira amarela. Lewis deve estar pensando: "Por que esse ano não acaba logo?".

domingo, 23 de outubro de 2011

Kubica: muitas incertezas

Confesso que me surpreendi quando vi as últimas notícias do estado físico de Kubica. Antes das declarações do médico do piloto, só se ouvia uma coisa: ele tem condições de voltar em 2012. Só que parece que a coisa está longe de ser fácil assim. Segundo declarações do próprio médico, Kubica ainda possui algumas dificuldades que o impedem de realizar tarefas simples. Só que pilotar um carro de Fórmula 1 está longe de ser algo simples.

Vejamos Schumacher. Esbanjando boa forma aos 41 anos, ele já não tem o mesmo rendimento de antes. A idade, associada àquele acidente de moto ocorrido há alguns anos, contribuem para a performance abaixo daquela que o consagrou como o melhor de todos. Comparando com Kubica, isso não é nada. O acidente sofrido pelo polonês deixou-o com muitas sequelas físicas, que o impedem (ao menos por enquanto) de render o necessário para ser competitivo. Será se ele se recupera já para o próximo ano? Será se ele volta a conduzir um Fórmula 1 algum dia? Sinceramente, não tenho resposta para nenhuma das duas perguntas.

Para quem gosta da categoria, sua volta representa muito. Durante esses anos, Kubica sempre teve um carro abaixo do seu talento. Muito provavelmente, caso o polonês não tivesse sofrido esse trágico acidente, seria um dos mais cotados a tomar o lugar de Massa na Ferrari. Agora, frente a tantas incertezas, difícil acreditar que essa oportunidade voltará a aparecer algum dia. Uma grande pena, sem dúvida.

PS: Segundo Fábio Seixas, nesse imbróglio todo a figura de Barrichello merece atenção. Sem vaga garantida na Williams, o piloto brasileiro busca uma equipe capaz de dar a ele um carro competitivo para seu último ano na Fórmula 1. Como há a possibilidade de Kubica voltar a pilotar durante a próxima temporada, Rubens poderia ser o piloto-tampão. Para mim, é um bom negócio para a equipe e para o brasileiro. Sua permanência na categoria deve se dar por esse caminho.

domingo, 16 de outubro de 2011

Vettel vence e Red Bull é campeã de construtores

Resultado final – GP da Coreia do Sul
1º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), 55 voltas em 1h30min01s994
2º. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), a 12s0
3º. Mark Webber (ALE/Red Bull-Renault), a 12s4
4º. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), a 14s6
5º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), a 15s6
6º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), a 25s1
7º. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), a 49s5
8º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 54s0
9º. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), a 1min02s7
10º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), a 1min08s6
11º. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), a 1min11s2
12º. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), a 1min33s0
13º. Bruno Senna (BRA/Lotus Renault), a 1 volta
14º. Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus-Renault), a 1 volta
15º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), a 1 volta
16º. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari), a 1 volta
17º. Jarno Trulli (ITA/Team Lotus-Renault), a 1 volta
18º. Timo Glock (ALE/Marussia Virgin-Cosworth), a 1 volta
19º. Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth), a 1 volta
20º. Jerome D’Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth), a 1 volta
21º. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth), a 3 voltas
Abandonaram:
Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth)
Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault)
Michael Schumacher (ALE/Mercedes)

Com mais uma vitória do alemão (muito próximo de se igualar às lendárias campanhas de Schumi nos anos 2002 e 2004), a Red Bull conquista o campeonato de construtores com três corridas de antecedência. Para completar a "tríplice coroa", só falta o vice-campeonato de Webber, mas aí a coisa já é um pouco mais difícil. Vamos aos outros destaques:

Petrov bate em Schumi, Alonso escapa ileso: Difícil não exaltar o excesso de sorte do espanhol. Só para recordar: foi duas vezes campeão logo quando a Ferrari errou feio na construção de seus carros, não viu Hamilton ser campeão em 2007, e hoje vê um Massa com pouco rendimento, só para citar alguns "causos". Hoje, a batida de Petrov em Schumi passou a centimetros de Fernando. Impressionante.

Toro Rosso: Não custa nada destacar novamente o bom rendimento durante a corrida da equipe B da Red Bull. Se fossem um pouco mais competentes aos sábados, teriam mais chances de disputa o sexto lugar nos construtores.

Menção honrosa: Mesmo sem nada disputar, ao contrário de seu companheiro de equipe, Massa não abriu mão de disputar posição com Alonso. O espanhol suou para ultrapassá-lo, apesar de o brasileiro ter sido atrapalhado pelos retardatários. Levando em conta tudo que aconteceu em 2011, merece registro o comportamento do brasileiro.

Já começa a incomodar: Bruno Senna não conseguiu largar com eficiência esse ano. Pode ser fruto de sua inexperiência, mas sempre perder posições quando as luzes se apagam é muito estranho. E o pior: seu rendimento é fundamental para sua permanência na categoria próximo ano. Oremos.

Próxima etapa: GP da Índia. Até!

sábado, 15 de outubro de 2011

Destaque - GP da Coreia - Classificação

1º. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), 1min35s820 ( 14 voltas )
2º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), 1min36s042 ( 12 )
3º. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), 1min36s126 ( 14 )
4º. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), 1min36s468 ( 11 )
5º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), 1min36s831 ( 16 )
6º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), 1min36s980 ( 11 )
7º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), 1min37s754 ( 12 )
8º. Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault), 1min38s124 ( 19 )
9º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), sem tempo ( 16 )
10º. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), sem tempo ( 14 )
11º. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), 1min38s315 ( 11 )
12º. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), 1min38s354 ( 9 )
13º. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), 1min38s508 ( 11 )
14º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), 1min38s775 ( 13 )
15º. Bruno Senna (BRA/Lotus Renault), 1min38s791 ( 14 )
16º. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth), 1min39s189 ( 8 )
17º. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari), 1min39s443 ( 14 )
18º. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), 1min39s538 ( 4 )
19º. Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus-Renault), 1min40s522 ( 6 )
20º. Jarno Trulli (ITA/Team Lotus-Renault), 1min41s101 ( 6 )
21º. Timo Glock (ALE/Marussia Virgin-Cosworth), 1min42s091 ( 7 )
22º. Jérôme D'Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth), 1min43s483 ( 8 )
23º. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth), 1min43s758 ( 8 )
24º. Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth), sem tempo ( 2 )

Rubinho fora já no Q1, Ferrari não conseguindo nada além do que uma melancólica terceira fila, Force India superando a Sauber. Pronto, acabaram-se os destaques da classificação do sábado. Tomara que o domingo seja um pouco melhor. Ninguém merece acordar no meio da madrugada e ficar o tempo todo com vontade de dormir.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Destaque - GP da Coreia - Treino Livre

Treino livre de sexta-feira – Yeongam
1º. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), 1min50s828
2º. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), 1min50s932
3º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), 1min52s646
4º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), 1min52s774
5º. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), 1min53s049
6º. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), 1min53s402
7º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), 1min53s707
8º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), 1min53s914
9º. Sébastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), 1min53s948
10º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), 1min53s957
11º. Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault), 1min54s200
12º. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), 1min54s392
13º. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), 1min54s831
14º. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), 1min54s965
15º. Bruno Senna (BRA/Lotus Renault), 1min55s187
16º. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari), 1min55s203
17º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), 1min55s544
18º. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth), 1min56s067
19º. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Renault), 1min56s669
20º. Jarno Trulli (ITA/Lotus-Renault), 1min57s173
21º. Timo Glock (ALE/Marussia Virgin-Cosworth), 1min58s269
22º. Jerome D’Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth), 1min59s458
23º. Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth), 1min59s958
24º. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth), 2min00s165

A dobradinha da McLaren mostra que as coisas estão muito complicadas para os ferraristas. A distância na disputa de construtores já está grande, então se o que aconteceu na sexta se repetir no sábado é o fim para a equipe italiana. E o pior: é o fim para todos que gostam de Fórmula 1, afinal essa disputa é a única que resta. Amanhã tem mais. Até.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Promiscuidade e pessimismo no feriado


Duas manchetes do noticiário automobilístico no feriado:

"Faço qualquer negócio para continuar na Fórmula 1" - Barrichello

"Só fiquei na Red Bull por falta de opção" - Webber

Quanto à primeira, é impossível não questionar a promiscuidade com a qual Rubens trata sua própria carreira. Uma afirmação dessas deixa a entender que "o que vier ele traça". Passando por Williams até Hispania, o brasileiro parece mais motivado a bater recordes de permanência na categoria do que outra coisa. De que vale continuar na Fórmula 1 com uma carroça? Barrichello, já "queimado" nacionalmente, assinaria o documento que o tornaria, por decreto, chacota nacional. No caso dele, só ficaria nas equipes Williams, Sauber ou Force India. Qualquer outra seria um péssimo negócio.

E o Webber, hein? Depois do que aconteceu ano passado, ele e o mundo todo sabe que o australiano esgotou todas suas chances de ser algo a mais na Fórmula 1. Seu contrato foi renovado (e ele sabe disso) para que fosse um mero coadjuvante de Vettel. Foi o que ele escolheu. Se quisesse ser protagonista, teria que ter saído para uma equipe bem mais modesta. Resumo da história: opção ele tinha, o problema é que agora ele anda cuspindo no prato que come para dar uma de machão. Falando assim, fica difícil vê-lo como um homem que honra as calças que veste. Vergonhoso.

domingo, 9 de outubro de 2011

Título em 3 atos


Hoje a consagração aconteceu. Com o terceiro lugar conquistado, Vettel passa a ser o mais novo bicampeão mundial, dividindo lugar na história com nomes do quilate de Hakkinen, Alonso, Senna e Prost, só para citar alguns dos melhores. Vettel está no nível deles? Agora, não há mais dúvida do contrário. Apesar de seu talento ainda ser motivo de questionamento por parte de muitos, ninguém pode negar que a dupla Red Bull - Vettel deu liga e, pelo jeito, ainda vai fazer estrago por um bom tempo. Vamos agora aos destaques, de um jeito diferente: através da linha do tempo chegando ao título alemão, por sinal o nono da história, superando o Brasil, que não ganha nada há vinte anos.

Largada: Vettel espreme Button e mostra que não estava ali para administrar coisa nenhuma. Hamilton passa e é segundo.

Volta 6: Massa deixa Alonso passar pela enésima vez em 2011 e mostra que é um belo de um bundão.

Volta 20: Vettel faz sua segunda parada e perde a liderança para Button, muito mais interessado na vitória, obviamente.

Volta 22: Hamilton bate em Massa pela segunda vez em duas corridas. A coisa parece ser pessoal. Vai ver o inglês quer ver Massa pelo menos raivoso, porque ninguém mais aguenta aquela apatia sem fim.

Volta 38: Vettel perde posição para Alonso. A pilotagem agressiva do alemão trouxe prejuízos. Entretanto, dentro do contexto, o prejuízo não fez a menor diferença. Ainda nessa volta, Hamilton passa Massa, que não esboça nenhuma reação. Pode ser implicância minha, mas não dá para o brasileiro continuar na Ferrari pilotando assim.

Chegada: Vitória merecida de Button (que dá mais uma lição para o perturbado Hamilton), seguido de Alonso (o seu principal concorrente na disputa pelo vice) e do agora bicampeão Vettel.

No campeonato de construtores, a Red Bull tem 130 pontos a mais que a McLaren. Outra disputa praticamente encerrada.

O que ainda há em disputa na categoria, então?

Primeiro, a disputa pelo vice-campeonato. Button e Alonso são os principais candidatos a ambos parecem que estão com vontade de engrossar essa batalha. Com o carro bem mais acertado, a vitória deve ficar com Button.

Segundo, a disputa pelo sexto lugar nos construtores. Force India, Sauber e (um pouco mais distante) Toro Rosso disputam alguns milhões de dólares, digamos assim. Nesse caso, mesmo estando atrás, aposto em uma vitória da equipe que tem Kobayashi e Perez, esse último muitíssimo cotado para substituir Massa na Ferrari.

Terceiro, a disputa pela segunda vaga na Renault. Senna e Petrov estão abarrotados de patrocinadores e disputam a vaga de segundo piloto de Kubica. Nesse caso, Petrov tem mais bala na agulha, mas Senna demonstrou ter mais competitividade. Por enquanto, empate técnico. Mas acredito que o dinheiro de Petrov vence a batalha.

sábado, 8 de outubro de 2011

Rumo ao título: 2º ato

Grid de largada - GP do Japão
1º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), 1min30s466 ( 14 voltas )
2º. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), 1min30s475 ( 14 )
3º. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), 1min30s617 ( 14 )
4º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), 1min30s804 ( 15 )
5º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), 1min30s886 ( 13 )
6º. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), 1min31s516 ( 14 )
7º. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), sem tempo ( 10 )
8º. Bruno Senna (BRA/Lotus Renault), sem tempo ( 12 )
9º. Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault), sem tempo ( 17 )
10º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), sem tempo ( 15 )
11º. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), 1min32s463 ( 14 )
12º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), 1min32s746 ( 10 )
13º. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), 1min33s079 ( 13 )
14º. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth), 1min33s224 ( 14 )
15º. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), 1min33s227 ( 10 )
16º. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), 1min33s427 ( 10 )
17º. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari), sem tempo ( 6 )
18º. Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus-Renault), 1min35s454 ( 3 )
19º. Jarno Trulli (ITA/Team Lotus-Renault), 1min35s514 ( 6 )
20º. Jérôme D'Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth), 1min36s439 ( 8 )
21º. Timo Glock (ALE/Marussia Virgin-Cosworth), 1min36s507 ( 7 )
22º. Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth), 1min3s846 ( 7 )
23º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), sem tempo ( 1 )
24º. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth), sem tempo ( 2 )

Sebastian Vettel está a uma péssima corrida do título mundial. Digo péssima por motivos óbvios: largando em primeiro, precisará perder mais de nove posições (além de contar com a vitória de Button) para não conseguir ser campeão amanhã. Levando em conta que seu carro não quebra, decreto encerrado o campeonato. Vamos aos outros destaques:

McLaren X Ferrari: Em uma das poucas disputas que restam no campeonato, a McLaren supera a Ferrari mais uma vez e dificilmente perde o segundo lugar nos construtores. Já para a Ferrari, provavelmente será o segundo ano seguido sendo só a terceira força... Estaríamos diante de um novo jejum vermelho? Espero que não.

Massa à frente de Alonso: Isso é tão raro que vira destaque. Não deveria ser assim, mas do jeito que o brasileiro anda apático, tal fato acaba sendo um feito e tanto.

Sugestão: Schumacher, Senna e Petrov não lançaram volta no Q3 e largam, respectivamente, em sétimo, oitavo e nono lugares. Por que a ordem? Por causa da numeração dos carros. Sério, sem brincadeira... Nesse caso, sugiro uma mudança no regulamento: em casos como esse, o desempate deveria ser o tempo conseguido no Q2. Muito mais justo, não? É só alguém da FIA ler "F1 em destaque" que as coisas ficarão bem mais justas.

E a pole? Amanhã, dá Vettel, seguido de Button e Alonso. Largando na mesma fila, Hamilton e Massa dificilmente não farão burrada.

O GP do Japão acontece na madrugada de hoje para amanhã, às 3 horas (pelo horário de Brasília).

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Destaque - GP do Japão - Treino Livre

1º. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), 1min31s901 ( 32 voltas )
2º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), a 0s174 ( 33 )
3º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), a 0s194 ( 35 )
4º. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), a 0s246 ( 28 )
5º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), a 0s547 ( 34 )
6º. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), a 0s809 ( 26 )
7º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 1s081 ( 27 )
8º. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), a 1s344 ( 26 )
9º. Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault), a 1s545 ( 36 )
10º. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), a 1s780 ( 33 )
11º. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), a 1s804 ( 25 )
12º. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), a 1s889 ( 36 )
13º. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari), a 2s492 ( 35 )
14º. Bruno Senna (BRA/Lotus Renault), a 2s656 ( 27 )
15º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), a 2s700 ( 33 )
16º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), a 4s137 ( 33 )
17º. Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus-Renault), a 4s324 ( 35 )
18º. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), a 5s222 ( 14 )
19º. Timo Glock (ALE/Marussia Virgin-Cosworth), a 5s539 ( 30 )
20º. Jérôme D'Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth), a 6s192 ( 30 )
21º. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth), a 6s486 ( 16 )
22º. Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth), a 6s862 ( 36 )
23º. Jarno Trulli (ITA/Team Lotus-Renault), a 7s899 ( 24 )
24º. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth), a 10s579 ( 4 )

Apenas alguns detalhes a se destacar:

1) Se for como no treino, a Williams já pode decretar o ano como encerrado;

2) Se for como no treino, a situação de Hamilton ficará ainda mais complicada dentro da McLaren. E a de Button cada vez mais confortável, ainda mais com contrato "vitalício";

3) Se for como no treino, Vettel já pode colocar para tocar Queen.

Como treino não vale nada, aguardemos os próximos capítulos.

domingo, 2 de outubro de 2011

Loucura, loucura, loucura


A insanidade de Hamilton já começa a incomodar. Segundo consta, os pilotos já pretendem se reunir com a FIA para tratar das constantes "faltas de cuidado" do inglês. Entretanto, a solução não está na conversa com Charle Whting, e sim em Lewis. Vamos aos fatos.

Hamilton, desde sua estréia em 2007, sempre se mostrou um piloto bastante agressivo. Muitos até, à época, compararam-no a Senna pelo modo de guiar a ferro e fogo. Entretanto, algumas vezes ele excedia a dose, e acabava se envolvendo em acidentes bobos e prejudiciais a seu campeonato. Pois então, é essa dose que se excedeu demais em 2011. O que era "de vez em quando" virou "quase sempre". Existem várias explicações para isso: a falta de competitividade do carro, a concorrência com Button e, talvez a principal delas, a falta dos conselhos do pai. Seja qual for, nada disso tira dele o fato de ser piloto profissional, ou seja, ele tem obrigação de lidar com todo tipo de pressão ou problema pessoal. Nesse caso, não há comparação entre ele e Senna.

Ele vai voltar a ser como era? Com certeza, é só uma questão de tempo. Muitos grandes pilotos já passaram por isso: Schumacher em seu começo pela Ferrari, Alonso na sua segunda passagem pela Renault, Vettel ano passado... Nesse contexto, a McLaren exerce papel fundamental. Ela deve dar todo o suporte profissional e emocional para que Hamilton possa funcionar sobre pressão, fazendo com que seu tempo de "retorno" seja o mais breve possível. Não existe hora mais adequada para que o "pupilo" da equipe assuma integralmente essa condição. Seu talento merece tudo isso.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

À moda italiana


Nunca pensei que fosse dizer isso, mas a cada dia vejo que Scuderia Ferrari e Sociedade Esportiva Palmeiras têm muito mais coisas em comum do que apenas a origem italiana. De onde veio essa ilação? Explico abaixo.

Hoje, durante minhas leituras sobre Fórmula 1 e similares, deparei-me com uma notícia que me chamou atenção. Ela relatava que Joan Villadelprat, atual diretor da Epsilon Euskadi (aquela mesma que tentou entrar na categoria em 2009), afirmou em seu blog que Rory Byrne retornaria à Ferrari em 2012. Para quem não sabe, Rory é a figura por trás de todos os carros vitoriosos da era Schumacher, ou seja, foi muito por causa de seu trabalho que a equipe italiana saiu de uma "seca" que já perdurava por vinte anos. Sim, e o que isso tem a ver com o Palmeiras? Simples: a solução "nostálgica" para tudo.

O Palmeiras não ganha nada relevante há tempos. De 2000 para cá, o time paulista contabiliza apenas um Brasileirão série B e um Campeonato Paulista, ou seja, muito pouco para quem se intitula "campeão do século XX" e possui a quarta maior torcida do país. Qual a solução encontrada pela diretoria para tentar sair do ostracismo? Trazer de volta aqueles que foram personagens marcantes dos bons tempos palmeirenses. Nessa leva vieram, dentre outros: Luis Felipe Scolari (técnico que deu ao Palmeiras a chance de poder gozar do Corinthians por este não ser campeão da Libertadores), Kleber e Valdivia (a dupla campeã paulista de 2008). Além dos recursos "humanos", muitos elementos materiais também remontam aos tempos de glória, como as camisas 1 e 3 do time (a primeira relembra os títulos dos anos 50; a terceira remete à era Parmalat, quando o Palmeiras foi bicampeão brasileiro em 93 e 94).

Como é possível observar, a Ferrari faz uso da mesma estratégia, isto é, tenta resolver os problemas internos trazendo de volta aquilo que deu certo no passado. Seria Rory Byrne o cara capaz de por ordem na casa? Teria ele condições de já no ano que vem conduzir a equipe a melhores resultados? Se depender da experiência palmeirense, algo importante pode ser dito: eles não resolvem nada sozinhos, mas podem ajudar muito a acalmar a torcida e a criar uma "alma" capaz de trazer de volta uma parte da paixão que pouco a pouco ia embora. Talvez isso seja mais intenso no futebol do que no automobilismo, mas não posso deixar de pensar que muito disso pode acontecer na Ferrari. Boa Sorte à dupla italiana. Apesar de tudo, eles merecem.