domingo, 18 de dezembro de 2011

Balanço 2011 - Parte 2


Antes de continuar o balanço da última temporada na Fórmula 1, impossível não falar da vitória do Barcelona sobre o Santos. Não me lembro da última vez que um time brasileiro foi tão humilhado frente a um europeu. Claro que o Barcelona é essa Coca-Cola toda, mas daí fazer aquele papelão (em especial no 1º tempo) é inaceitável. Jogaram no mesmo nível do Al-Sadd e com uma dupla de zaga pior que a do Palmeiras. Como eu vi por aí na Internet, esse foi o domingo de manhã mais humilhante para o Brasil, e é porque domingo de manhã é dia de Fórmula 1.

Agora, voltemos ao que importa (pelo menos para mim), que é falar sobre o balanço do pelotão do meio. Renault, Force India, Sauber e Toro Rosso fizeram um trabalho decente e conseguiram disputar posições no top 10 com regularidade. Falta a todos eles o mais difícil, que é se aproximar um pouco da Mercedes, a pior das equipes de "outro mundo". Quem sabe, em 2012. Vamos aos destaques:

Toro Rosso: Sua função não é disputar vitórias nem pódios. A Toro Rosso funciona como uma oficina de novos talentos para a equipe principal. Dentro desse contexto, o time foi muito mais eficiente na disputa por pontos do que na descoberta de um novo Vettel. Como é a segunda opção que interessa à Red Bull, o ano terminou com saldo negativo, tanto é que a dupla titular foi dispensada essa semana. Como equipe, ao contrário, o saldo é bem positivo, principalmente ao se levar em conta que eles não contam mais com o apoio técnico irrestrito da Red Bull.

Toro Rosso em 2011: Carro bom, dupla ruim.

Sauber: Talvez seja a equipe mais organizada da categoria. Com recursos bem limitados, eles nunca fizeram um trabalho pífio na Fórmula 1, como o que fez a Williams esse ano, por exemplo. Pelo contrário, eles sempre foram um pouco acima de suas capacidades técnicas e financeiras. Dois elementos ajudaram muito para isso em 2011: a cultura suíça impregnada na equipe e uma das melhores duplas da história da Sauber, no caso Koba e Perez. O primeiro já é lenda, o segundo já é cotado na Ferrari. Já deu para sentir o drama: em 2012 eles prometem ainda mais.

Force India: Pelo segundo ano, a equipe indiana deve ser encarada como uma referência para as equipes do fundo do grid. Ela provou que é possível um time nascer mal e conseguir dar a volta por cima. Eu, inclusive, achava que eles seriam mais uma daquelas equipes que não duram três anos e saem pela porta dos fundos sem ponto algum. Felizmente, me enganei. Em 2011, eles deram mais um passo para a frente e conquistaram uma posição a mais nos construtores. Sutil fez mais pontos que os pilotos da Renault, para se ter noção. Espero muito deles em 2012.

Renault: Das equipes do meio do grid, a Renault meio que andou na contramão, principalmente na segunda metade do campeonato. Sem Kubica, o time não conseguiu melhorar um carro que nasceu muito bom. No começo, conseguiram dois pódios nas primeiras corridas. No final do campeonato, já estavam atrás da Force India e sem grandes perspectivas. Com Raikkonen no comando, eles têm tudo para manter uma trajetória ao menos constante durante a temporada. O campeonato melhoraria muito com isso. E com a volta de Kubica, é lógico.

Sem uma referência no cockpit, o carro da Renault parou no tempo.

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