quarta-feira, 28 de setembro de 2011

À moda italiana


Nunca pensei que fosse dizer isso, mas a cada dia vejo que Scuderia Ferrari e Sociedade Esportiva Palmeiras têm muito mais coisas em comum do que apenas a origem italiana. De onde veio essa ilação? Explico abaixo.

Hoje, durante minhas leituras sobre Fórmula 1 e similares, deparei-me com uma notícia que me chamou atenção. Ela relatava que Joan Villadelprat, atual diretor da Epsilon Euskadi (aquela mesma que tentou entrar na categoria em 2009), afirmou em seu blog que Rory Byrne retornaria à Ferrari em 2012. Para quem não sabe, Rory é a figura por trás de todos os carros vitoriosos da era Schumacher, ou seja, foi muito por causa de seu trabalho que a equipe italiana saiu de uma "seca" que já perdurava por vinte anos. Sim, e o que isso tem a ver com o Palmeiras? Simples: a solução "nostálgica" para tudo.

O Palmeiras não ganha nada relevante há tempos. De 2000 para cá, o time paulista contabiliza apenas um Brasileirão série B e um Campeonato Paulista, ou seja, muito pouco para quem se intitula "campeão do século XX" e possui a quarta maior torcida do país. Qual a solução encontrada pela diretoria para tentar sair do ostracismo? Trazer de volta aqueles que foram personagens marcantes dos bons tempos palmeirenses. Nessa leva vieram, dentre outros: Luis Felipe Scolari (técnico que deu ao Palmeiras a chance de poder gozar do Corinthians por este não ser campeão da Libertadores), Kleber e Valdivia (a dupla campeã paulista de 2008). Além dos recursos "humanos", muitos elementos materiais também remontam aos tempos de glória, como as camisas 1 e 3 do time (a primeira relembra os títulos dos anos 50; a terceira remete à era Parmalat, quando o Palmeiras foi bicampeão brasileiro em 93 e 94).

Como é possível observar, a Ferrari faz uso da mesma estratégia, isto é, tenta resolver os problemas internos trazendo de volta aquilo que deu certo no passado. Seria Rory Byrne o cara capaz de por ordem na casa? Teria ele condições de já no ano que vem conduzir a equipe a melhores resultados? Se depender da experiência palmeirense, algo importante pode ser dito: eles não resolvem nada sozinhos, mas podem ajudar muito a acalmar a torcida e a criar uma "alma" capaz de trazer de volta uma parte da paixão que pouco a pouco ia embora. Talvez isso seja mais intenso no futebol do que no automobilismo, mas não posso deixar de pensar que muito disso pode acontecer na Ferrari. Boa Sorte à dupla italiana. Apesar de tudo, eles merecem.


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