quarta-feira, 28 de setembro de 2011

À moda italiana


Nunca pensei que fosse dizer isso, mas a cada dia vejo que Scuderia Ferrari e Sociedade Esportiva Palmeiras têm muito mais coisas em comum do que apenas a origem italiana. De onde veio essa ilação? Explico abaixo.

Hoje, durante minhas leituras sobre Fórmula 1 e similares, deparei-me com uma notícia que me chamou atenção. Ela relatava que Joan Villadelprat, atual diretor da Epsilon Euskadi (aquela mesma que tentou entrar na categoria em 2009), afirmou em seu blog que Rory Byrne retornaria à Ferrari em 2012. Para quem não sabe, Rory é a figura por trás de todos os carros vitoriosos da era Schumacher, ou seja, foi muito por causa de seu trabalho que a equipe italiana saiu de uma "seca" que já perdurava por vinte anos. Sim, e o que isso tem a ver com o Palmeiras? Simples: a solução "nostálgica" para tudo.

O Palmeiras não ganha nada relevante há tempos. De 2000 para cá, o time paulista contabiliza apenas um Brasileirão série B e um Campeonato Paulista, ou seja, muito pouco para quem se intitula "campeão do século XX" e possui a quarta maior torcida do país. Qual a solução encontrada pela diretoria para tentar sair do ostracismo? Trazer de volta aqueles que foram personagens marcantes dos bons tempos palmeirenses. Nessa leva vieram, dentre outros: Luis Felipe Scolari (técnico que deu ao Palmeiras a chance de poder gozar do Corinthians por este não ser campeão da Libertadores), Kleber e Valdivia (a dupla campeã paulista de 2008). Além dos recursos "humanos", muitos elementos materiais também remontam aos tempos de glória, como as camisas 1 e 3 do time (a primeira relembra os títulos dos anos 50; a terceira remete à era Parmalat, quando o Palmeiras foi bicampeão brasileiro em 93 e 94).

Como é possível observar, a Ferrari faz uso da mesma estratégia, isto é, tenta resolver os problemas internos trazendo de volta aquilo que deu certo no passado. Seria Rory Byrne o cara capaz de por ordem na casa? Teria ele condições de já no ano que vem conduzir a equipe a melhores resultados? Se depender da experiência palmeirense, algo importante pode ser dito: eles não resolvem nada sozinhos, mas podem ajudar muito a acalmar a torcida e a criar uma "alma" capaz de trazer de volta uma parte da paixão que pouco a pouco ia embora. Talvez isso seja mais intenso no futebol do que no automobilismo, mas não posso deixar de pensar que muito disso pode acontecer na Ferrari. Boa Sorte à dupla italiana. Apesar de tudo, eles merecem.


domingo, 25 de setembro de 2011

Falta só um ponto


Classificação final da prova – GP de Cingapura
1º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), 1h59min06s537
2º. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), a 1s737
3º. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), a 29s279
4º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), a 55s449
5º. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), a 1min07s766
6º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), a 1min51s067
7º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 1 volta
8º. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), a 1 volta
9º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), a 1 volta
10º. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari), a 1 volta
11º. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth), a 1 volta
12º. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), a 1 volta
13º. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), a 1 volta
14º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), a 2 voltas
15º. Bruno Senna (BRA/Lotus Renault), a 2 voltas
16º. Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus-Renault), a 2 voltas
17º. Vitaly Petrov (AUS/Lotus Renault), a 2 voltas
18º. Jerome D’Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth), a 2 voltas
19º. Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth), a 4 voltas
20º. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth), a 4 voltas
Abandonaram:
Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari)
Jarno Trulli (ITA/Team Lotus-Renault)
Michael Schumacher (ALE/Mercedes)
Timo Glock (ALE/Marussia Virgin-Cosworth)

Vettel venceu mais uma vez de forma primorosa. Foi pole, fez a volta mais rápida, liderou a maior parte das voltas e consagrou um "quase-título". O quase atende pelo nome de Button. O piloto inglês adiou a festa da Red Bull para o Japão ao conseguir terminar em segundo, mantendo matematicamente aberto o título. Mas a matemática que me perdoe: é impossível Vettel não ser campeão na próxima corrida. Vamos aos outros destaques:

Os afoitos Schumacher e Hamilton: Os dois deixaram seus cérebros fora da cabeça em Cingapura. O primeiro errou o cálculo quase como um novato e acertou seu bico no pneu traseiro da Sauber de Perez, abandonando a prova. O segundo furou o pneu traseiro de Massa, quebrou o bico e ainda foi punido. Como disse o Galvão, o inglês anda precisando de tratamento psiquiátrico. O que ele anda fazendo não é normal.

Pobre Massa: Além da falta de rendimento, o brasileiro anda com uma falta de sorte daquelas de intrigar qualquer um. É aquela história: esquece 2011 e tenta reconstruir a carreira próximo ano, na Ferrari ou em qualquer outro lugar. Por mais que eu não ache Massa a melhor coisa do mundo, não dá para acreditar que o quase campeão de 2008 só pode fazer isso na Fórmula 1.

Williams e Raikkonen: Tenho que reconhecer que não seria mal negócio caso Raikkonen entrasse no lugar de Barrichello. O brasileiro é um dos melhores no desenvolvimento de carros de corrida, no entanto falta a ele a grife de campeão mundial que o finlandês tem. E essa grife traz o dinheiro que Rubens não é capaz de oferecer. Triste, mas a experiência não vale mais que uns trocados na Fórmula 1 contemporânea.

Alonso fora, Webber fora, Hamilton fora: O que ainda resta aos três é o vice-campeonato. Nada como um estímulo desses para... pensar no ano que vem. Esse ano acabou para muitos do grid, especialmente para esse três.

sábado, 24 de setembro de 2011

Amanhã é o dia?

GP de Cingapura – Grid de largada
1º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), 1min44s381 (12)
2º. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), 1min47s732 (14)
3º. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), 1min44s804 (14)
4º. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), 1min44s809 (12)
5º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), 1min44s874 (13)
6º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), 1min45s800 (14)
7º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), 1min46s013 (11)
8º. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), sem tempo (11)
9º. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), sem tempo (14)
10º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), sem tempo (14)

11º. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari), 1min47s616 (13)
12º. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), 1min48s082 (14)
13º. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth), 1min48s270 (16)
14º. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), 1min48s634 (11)
15º. Bruno Senna (BRA/Lotus Renault), 1min48s662 (13)
16º. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), 1min49s862 (10)
17º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), sem tempo (8)
18º. Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault), 1min49s835 (8)
19º. Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus-Renault), 1min50s948 (6)
20º. Jarno Trulli (ITA/Team Lotus-Renault), 1min51s012 (6)
21º. Timo Glock (ALE/Marussia Virgin-Cosworth), 1min52s154 (7)
22º. Jerome D’Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth), 1min52s363 (6)
23º. Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth), 1min52s404 (6)
24º. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth), 1min52s810 (6)

Apesar da pole "clichê", o treino foi bem interessante. Logo de cara, veio a notícia da, digamos, "crise aerodinâmica" da Renault, que acabou adotando o acerto de Monza devido ao superaquecimento do motor causado pelo acerto para Cingapura. Mesmo assim, Bruno Senna mostrou ser algo além de Petrov ao terminar em uma honrosa décima quinta posição, à frente de carros teoricamente mais "acertados". Vamos aos outros destaques:

Carros iguais na mesma fila: Red Bull, McLaren, Ferrari, Mercedes e Force India terminaram com seus dois carros lado a lado no top 10. Isso nem é tão estranho assim, afinal não é nenhuma novidade o fato de o elemento "carro" ser mais importante que o elemento "homem" no resultado final. Mesmo assim, duas ressalvas podem ser feitas: 1 - Alonso sapecou quase um segundo em Massa; 2 - Button e Hamilton ficaram separados por cinco milésimos. Precisa dizer mais alguma coisa?

Kobayashi insano: Uma batida típica de um piloto afoito. Continua sendo um mito mas, a meu ver, tem que usar mais a cabeça. Ainda estava no Q2 e já faz uma loucura dessas? É hora de repensar esse detalhe.

"E o título, vem amanhã?": Respondendo à pergunta do título do post, acho que amanhã ainda não é o dia. Mas cravo que não passa do Japão. Em virtude disso, prefiro apostar quem vai terminar em segundo e terceiro: Hamilton e Alonso, respectivamente.

O GP noturno de Cingapura acontece amanhã, às 9 da manhã (pelo horário de Brasília).

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Além da F1: 100 posts


Em quatro de março de 2011, o blog estreou. O que me motivou a iniciar algo tão diferente da rotina que tenho? Para quem não sabe, esse que escreve é um estudante de Medicina comum, ou seja, nada a ver com o universo “jornalístico” de blogs e afins. Apesar do aparente paradoxo, algo bem forte me levou à iniciativa: a paixão pelo automobilismo, em especial por Fórmula 1.

Desde quando minha mente permite recordações, eu sou fã de carros. Bem novo, lá por volta dos três ou quatro anos, estava rodeado de revistas como “Quatro Rodas” e “Auto Esporte”. Não lia nada, mas aquelas figuras conseguiam me fascinar demais, muitas vezes até que “Cavaleiros do Zodíaco”, “Disney Club”, “Power Rangers” ou outras coisas que toda pessoa da minha idade se fascinava. Algum tempo depois, mais ou menos com seis anos, começou a paixão por Fórmula 1. Lembro-me bem do interessante momento que vivia a categoria naquele ano, com a frenética disputa entre duas equipes que passavam por um jejum de títulos, no caso McLaren e Ferrari, esta última completando o 20º ano na seca. Dentre todos do grid, era mais fã de Schumacher, um bicampeão que tentava fazer renascer um, à época, gigante adormecido. Não vou entrar em mais detalhes, afinal o objetivo desse texto não é ser igual aos outros que povoam “F1 em destaque”. Esse é o nº 100, oras...

Com o passar dos anos, a paixão continuava ali, intacta. Mas nada de escrever sobre nada, apenas lia ou assistia aquilo que tinha como foco o automobilismo. Foi nesse momento que algo começou a me incomodar: o fato de eu não opinar sobre o que mais amava. Não me sentia confortável em olhar para todas aquelas opiniões e apenas dizer “sim senhor”. Então, começaram os comentários nos blogs alheios e revistas. Esses intrometimentos me deram a chance de sair seis vezes em revistas como “Auto Esporte” e “Quatro Rodas”, algo que me rendeu o aposto de “o menino que entende de carro”. Entendo coisa nenhuma, só faço dizer o que acho, simples assim...

Como os breves comentários serviram de iniciativa para o blog? Sempre tive o interesse de escrever sobre o que gosto, mas escrever sobre “carros” é um tanto chato, já que eu não vou discorrer sobre torque, cavalos, entre-eixos e outros detalhes encontrados em qualquer lugar. Portanto, o blog seria um amontoado de opiniões rasteiras, nem eu leria. Com Fórmula 1 é diferente, afinal envolve o ser humano, e seres humanos não são apenas “opiniões rasteiras”. Surgiu, então, o mais famoso blog de Fórmula 1 da 75ª Turma de Medicina da UFPI: o “F1 em destaque”, que só perde em acessos para o e-mail da turma...

O blog é de Fórmula 1, mas é impossível não dar pitaco sobre o resto das coisas. Daí surgiu “Além da F1”, que apresenta o curioso detalhe de ser responsável por quatro dos textos “top 5” em acessos. Posts sobre futebol e memes dominaram: sobre futebol, “Relato de um sofredor”, um desabafo sobre o 6x0 sofrido pelo Palmeiras na Copa do Brasil; sobre memes, “Insensibilidade Automobilística”, uma homenagem aos amantes das figuras do blog, assim como eu aos quatro anos.

Por fim, não se pode esquecer do presente, algo que é de praxe nas comemorações de tudo quanto é coisa. Em homenagem aos 100 posts de “F1 em destaque”, o blog ganha a partir de hoje um brasão, como visto acima. Que o brasão traga bons frutos, então!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Troca-troca

Sam Michael: sai da Williams, vai para a McLaren.
Aldo Costa: sai da Ferrari, vai para a Mercedes
Pat Fry: saiu da McLaren, foi para a Ferrari.

O que há de tão interessante nesse troca-troca? O fato de nenhuma das grandes equipes estar dormindo no ponto, sem nada fazer para tirar o domínio da Red Bull. Muito mais que trocar de piloto, o que as três escuderias precisam é de um time muito forte e coeso nos "bastidores", e parece ser isso o que elas estão fazendo.

Vejamos o caso da Red Bull. Dentro do cockpit, não tem a dupla mais forte da categoria (Ferrari e McLaren ganham nesse quesito). Entretanto, é fora dele que a equipe impressiona: muito dinheiro nas mãos de um gênio chamado Adrian Newey. Ele e seu staff são os culpados pelo impressionante rendimento da RBR nos últimos dois anos. O que fizeram as demais equipes? Trataram de fortalecer a equipe técnica. Acredito ser esse o caminho ideal, principalmente quando já se tem pilotos do calibre de Alonso, Hamilton, Button e Rosberg. Em 2012 veremos se eles seguiram a cartilha direito. Até o post 100!



domingo, 18 de setembro de 2011

Fórmula 1 politicamente correta


Preste atenção nas manchetes sobre Fórmula 1 presentes no excelente Tazio:

"Vettel quer título em grande estilo" - diz Newey

"Vou continuar pilotando para vencer" - reafirma Hamilton

Senna: "Espero ser um nome familiar entre os dez"

Sou só eu ou os bastidores da Fórmula 1 andam um tanto sem "pimenta"? É incrível como de uns anos para cá as declarações de pilotos, o troca-troca de equipes e outras coisas que animavam os fins de semana sem corrida simplesmente desapareceram. Eu me lembro do tempo em que o pós-corrida chegava a ser mais legal do que tudo aquilo acontecido na pista. Hoje, o pós-corrida não existe. Por que será?

Aponto dois motivos que podem influenciar tamanha falta de nitroglicerina: os próprios pilotos e, mais filosoficamente, o próprio contexto mundial. Os dois elementos acabam convergindo para um denominador comum: o tal do "politicamente correto". O mundo anda sempre com um pé atrás antes de falar qualquer coisa, e no contexto da Fórmula 1 não é diferente. É todo mundo gente boa, excelente piloto, bom pai, ótimo filho... Uma honrosa exceção é Barrichello, um dos raros pilotos que ainda falam o que pensam, mesmo dizendo às vezes um bocado de besteira. Do outro lado, há Vettel, excelente piloto, mas que peca nesse aspecto. É o Luciano Huck da Fórmula 1, para deixar claro.

Sim, então a solução é mudar o mundo? Nem tanto. Penso que as coisas melhorariam muito se os pilotos e todos os demais do paddock deixassem de ter medo de falar alguma coisa mais apimentada. Não é fazer o circo pegar fogo, é somente deixar de se conter um pouco. O futebol é um bom exemplo de como essas declarações podem dar uma emoção a mais no espetáculo. Sem dúvida, a Fórmula 1 ganharia muito com isso.

sábado, 17 de setembro de 2011

Essa homenagem eu dispensaria

A Hispania confirmou neste sábado a presença de Narain Karthikeyan como piloto titular da escuderia no GP da Índia, no próximo dia 30 de outubro. O indiano de 34 anos também participará do primeiro treino livre para o GP de Cingapura, na semana que vem.
“Claro que será uma grande sensação participar novamente de um fim de semana de GP, e em relação à GP da Índia, a equipe me assegurou isso quando deixei minha vaga [de titular] após a prova na Europa”, afirmou.
Embora Karthikeyan tenha perdido o lugar na HRT para o australiano Daniel Ricciardo, sempre ficou implícito que o piloto asiático ganharia outra chance na escuderia, de preferência no inaugural GP da Índia.

Comento:
É possível comemorar alguma coisa a bordo de uma Hispania? E com ele a bordo? Portanto, a melhor homenagem que Karthikeyan poderia fazer para a Índia era não correr.

domingo, 11 de setembro de 2011

Vitória com requintes de crueldade


GP da Itália - Resultado final
1º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), 53 voltas em 1h20min46s172
2º. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), a 9s5
3º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), a 16s9
4º. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), a 17s4
5º. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), a 32s6
6º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), a 42s9
7º. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), a 1 volta
8º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), a 1 volta
9º. Bruno Senna (BRA/Lotus Renault), a 1 volta
10º. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), a 1 volta
11º. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth), a 1 volta
12º. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), a 1 volta
13º. Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus-Renault), a 2 voltas
14º. Jarno Trulli (ITA/Team Lotus-Renault), a 2 voltas
15º. Timo Glock (ALE/Marussia Virgin-Cosworth), a 2 voltas

Não completaram:
Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth)
Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari)
Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari)
Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes)
Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault)
Jérôme D'Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth)
Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault)
Nico Rosberg (ALE/Mercedes)
Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth)

Vettel cometeu mais um de seus crimes dolosos. Matou a concorrência intencionalmente. Fez com que a distância para o "primeiro dos derrotados", no caso Alonso, subisse para mais de 100 pontos. Além disso, o alemão tornou possível, com essa vitória, a conquista do título já na próxima corrida. Resumindo, foi uma corrida completa, humilhante (para o resto), de gente grande. Corrida de gênio, portanto. Vamos aos outros destaques (dos coadjuvantes, no caso):

O Tio fez bonito: Schumacher parece que recuperou algo daqueles tempos de Ferrari. Fez uma corrida muito mais próxima dos bons tempos do que dos maus, Hamilton que o diga. E o melhor de tudo é que isso aconteceu pela segunda vez seguida. Um palpite: Schumi em 2012 vai dar o que falar.

O sobrinho fez bonito: Bruno Senna fez uma corrida digna do sobrenome. Consistente, frio e cerebral, o sobrinho "do cara" mostrou que veio para ficar. Se não faltava dinheiro, agora não falta talento, simples assim.

O enigma: Eu acho que nem o pessoal da Toro Rosso sabe explicar o rendimento totalmente oposto de seus dois pilotos aos sábados e domingos, especialmente o de Alguersuari. Não é a primeira vez que o espanhol sai já no Q1 e no dia seguinte termina na zona de pontuação. Hoje, Buemi seguiu caminho semelhante. Seria a pouca experiência da dupla? O que esse carro tem de tão estranho? Quem souber, vira chefe de equipe.

O carro não é competitivo: Alonso tirou leite de pedra mais uma vez. Terminar em terceiro com o carro que pilota é um feito daqueles, pena que isso não basta para ser campeão. Se bastasse, o espanhol já era tetra. Enquanto isso, Massa segue o calvário de não conseguir ser algo a mais que o bicampeão. É uma pena ver o brasileiro ser trucidado todo fim de semana. E o pior: tudo indica que não tem volta.

Tá difícil: A situação da Williams é de dar dó. 5 pontos depois de não sei quantas corridas é completamente patético. Pode ser coincidência, mas Barrichello parece dar uma zica danada no seu segundo ano em uma equipe de Fórmula 1. Quem não se lembra da carroça chamada RA107, o Honda de 2007, aquele que fez 6 pontos? Pois é, isso aconteceu no segundo ano do brasileiro na equipe. Vai entender...

sábado, 10 de setembro de 2011

Na terra da Ferrari, deu Red Bull

Grid de largada para o GP da Itália
1º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), 1min22s275
2º. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), 1min22s725
3º. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), 1min22s777
4º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), 1min22s841
5º. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), 1min22s972
6º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), 1min23s188
7º. Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault), 1min23s530
8º. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), 1min23s777
9º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), 1min24s477
10º. Bruno Senna (BRA/Lotus Renault), Sem tempo
11º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), 1min24s163
12º. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), 1min24s209
13º. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), 1min24s648
14º. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth), 1min24s726
15º. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari), 1min24s845
16º. Sébastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), 1min24s932
17º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), 1min25s065
18º. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), 1min25s334
19º. Jarno Trulli (ITA/Team Lotus-Renault), 1min26s647
20º. Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus-Renault), 1min27s184
21º. Timo Glock (ALE/Marussia Virgin-Cosworth), 1min27s591
22º. Jérôme D'Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth), 1min27s609
23º. Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth), 1min28s054
24º. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth), 1min28s231

Vettel conquistou hoje sua décima pole em 2011, a vigésima quinta da carreira. Pilotos bem mais rodados, como Massa e Hamilton, não detêm essa impressionante marca. Para tornar as coisas ainda mais humilhantes, não se deve esquecer que esse é só o terceiro ano que o alemão de 24 anos tem um carro de ponta. Quando chegar aos 30, veremos se é possível ou não alguém bater Schumacher. Vamos aos outros destaques:

Nada a comemorar: Os planos da Ferrari não estão mais em 2011, isso é fato. No entanto, não há como ignorar o fato de a equipe italiana ser só a terceira força no GP italiano. Essa decepcionante marca serve como indicativo do péssimo trabalho feito pela turma de Stefano Domenicali, que só conquistou o título de 2007, muito por causa do trabalho anterior de Brawn e Todt. Já passou da hora de haver uma dança das cadeiras por ali.

Williams entre os quinze e só: O máximo que a equipe de Grove consegue em condições normais é ficar entre os quinze primeiros, e hoje não foi diferente. Aqui, a situação é bem mais grave que na Ferrari, já que depois do fim do acordo com a BMW a equipe não venceu mais nada e só conquistou uma pole, muito pouco para quem nos anos 80 e 90 era o que hoje é a Red Bull.

Saldo positivo: O objetivo da McLaren amanhã deve ser o de chegar ao pódio com seus dois pilotos. Caso não vença, ficará cada vez mais longe da Red Bull, no entanto abre uma boa vantagem nos construtores para a Ferrari. Aí está a aspiração da equipe inglesa: ser a primeira das derrotadas, ou a segunda melhor (para os mais otimistas).

Team Lotus X Toro Rosso: A diferença entre as duas foi de pouco mais de um décimo. Isso significa o retrocesso de uma ou o avanço da outra? Significa as duas coisas.

O GP de Monza acontece amanhã, às 9 da manhã (pelo horário de Brasília).

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Destaque - GP de Monza - Treino Livre

Segundo treino livre - GP da Itália:
1º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), 1min24s010 (37 voltas)
2º. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), a 0s036 (21)
3º. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), a 0s337 (39)
4º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), a 0s356 (33)
5º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), a 0s423 (31)
6º. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), a 0s458 (32)
7º. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), a 0s498 (30)
8º. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari), a 1s087 (39)
9º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), a 1s172 (37)
10º. Bruno Senna (BRA/Lotus Renault), a 1s315 (38)
11º. Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault), a 1s440 (31)
12º. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), a 1s486 (39)
13º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), a 1s673 (37)
14º. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), a 1s748 (29)
15º. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), a 2s192 (36)
16º. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth), a 2s343 (40)
17º. Sébastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), a 4s337 (5)
18º. Jarno Trulli (ITA/Team Lotus-Renault), a 4s549 (32)
19º. Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus-Renault), a 4s595 (32)
20º. Timo Glock (ALE/Marussia Virgin-Cosworth), a 4s794 (25)
21º. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth), a 5s152 (34)
22º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 5s174 (29)
23º. Jérôme D'Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth), a 5s612 (34)
24º. Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth), a 5s831 (7)

De interessante mesmo só o fato de os pilotos pertencentes a uma mesma equipe andarem bem próximos, como aconteceu notavelmente com Ferrari, Sauber, Lotus, Force India, Williams e Team Lotus. Isso mostra que em Monza o carro conta muito, e nesse caso a vantagem é para quem já está na frente: Vettel. Até amanhã!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Links no feriado


"Massa é um dos melhores parceiros que já tive, afirma Alonso" - Tazio
Comentário: Acho que o Nelsinho Piquet foi melhor, até bateu o carro para fazer Alonso vencer... Injusto demais esse espanhol, afinal o brasileiro só cede posição, coisinha mais banal.

"Se não sentir apoio da equipe, saio - diz Massa" - Total Race
Comentário: Tchau, Massa.

"Barrichello, Senna e Williams" - Blog F-1
Comentário: Para Barrichello, sair da Williams nas condições em que hoje se encontra não é a pior coisa do mundo, já que o brasileiro não conseguirá pela equipe inglesa nada muito além do que já conseguiu em todos esses anos de Fórmula 1. Para Senna, no entanto, é um bom negócio, levando-se em conta que sua vaga na Renault é do Kubica e ele está por ali só para completar o ano. Para quem corria de Hispania até o ano passado, é um salto técnico interessante. Por fim, para a Williams não é o fim do mundo ter dois pilotos pagantes, afinal Barrichello, com toda sua experiência, não conseguiu revolucionar nada por ali. O dinheiro de Bruno, pelo contrário, pode fazer estrago.

sábado, 3 de setembro de 2011

Até o fim do ano, pelo menos



É oficial: Bruno Senna fica na Renault até o fim do ano. Dificilmente vai além disso, infelizmente, já que Kubica é um daqueles pilotos que não se troca por patrocínios (existem poucos pilotos desse tipo na Fórmula 1). Digo isso porque não acredito que o piloto polonês irá receber proposta de alguma gigante depois do acidente que sofreu. Uma Ferrari da vida prefere esperar como será seu rendimento depois do ocorrido. Se for como era antes, é o fim da linha para o pobre Massa, por exemplo.

Mesmo sendo uma "experiência" de apenas sete corridas, vale muito para Senna essa oportunidade, agora com um carro muito bom. A associação "dinheiro no bolso" e "lampejos de talento" fará com que Bruno consiga sua vaga na Fórmula 1 em 2012, e pilotando um carro decente, não aquela carroça do ano passado. Pena que sua idade já é um pouco avançada para os padrões da categoria, caso contrário não me surpreenderia em vê-lo pilotando um carro de uma grande equipe, afinal o sobrenome Senna ainda tem peso por ali...

E o Heidfeld, hein? Acho que a Fórmula 1 abandonou o alemão antes que ele pudesse (e quisesse) fazer o mesmo. É mais ou menos o que acontece com Barrichello: seu maior atributo é a experiência, e essa experiência não vale mais que os patrocínios dos "novatos". Não adianta ter só vivência na categoria, é preciso muito talento para um cara com mais de 30 anos conseguir sobreviver no meio. Se eu fosse andar pelo paddock perguntando as vantagens de se ter um de la Rosa, Heidfeld, Barrichello, Fisichella, Coulthard... provavelmente seria só a experiência. É muito pouco para se manter por ali.