quinta-feira, 28 de abril de 2011

Além da F1: São Paulo Indy 300, vergonha de novo?

Hoje, lendo o Tazio, me deparei com uma notícia que (infelizmente) não me surpreendeu, mas me deixou bastante intrigado: pela segunda vez, em dois anos de evento, pertences dos jornalistas do site foram levados, e novamente a segurança do evento nada fez. Esses cidadãos estão lá com que objetivo então? Notebooks são roubados e eles não notam? Difícil acreditar em tamanha incompetência.

Ano passado, a falta de qualidade não ficou restrita à (falta de) segurança. A prova colecionou uma série de problemas: asfalto ondulado e impróprio para os carros da categoria, um pó descomunal que tomou conta do circuito devido à raspagem feita dias antes (muitas vezes impedindo uma melhor observação da corrida), e muitas derrapagens e batidas por pura incompetência dos organizadores. Será se esse ano vamos ver evoluções? Para não virarmos vergonha mundial, é melhor que sim. Mas, pelo começo, não tenho boas perspectivas...

terça-feira, 26 de abril de 2011

O que acontece contigo, Williams?

Após três etapas do campeonato, os resultados da Williams são os piores desde 1978, época de sua fundação. Até agora, a escuderia conseguiu a proeza de abandonar com ambos os carros nas duas primeiras provas, e no GP da China só foi capaz de alcançar um 13º lugar com Barrichello e um 18º com Maldonado. Analisando somente os resultados, os ingleses estão mais próximos da Lotus do que das outras equipes intermediárias. Isso posto, e levando em consideração o relativo sucesso conseguido em 2010 (uma pole position após vários anos e um honroso 6º lugar entre os construtores), cabe questionar: o que acontece contigo, Williams?

Eu, particularmente, não sei. Minha dúvida existe por causa de um evento ocorrido lá no começo do ano, responsável por dar início às especulações sobre quem está na frente de quem: a pré-temporada. Nessa época, a equipe inglesa foi considerada, inclusive por mim, uma candidata a pódio logo nas primeiras provas (no primeiro texto deste blog vocês podem encontrar meu erro crasso). Parecia, em determinados momentos, estar no mesmo nível de Mercedes e Renault. E o que de verdade aconteceu foi o contrário: em vez de evoluir, a Williams regrediu.

Várias teorias que explicam a regressão já podem ser encontradas na Internet. Elas culpam tudo quanto é tipo de coisa: a falta de dinheiro, Adam Parr (diretor da equipe, culpado por não ter atraído investidores), Sam Michael (diretor técnico que não conseguiu grandes feitos, mesmo assim permanece no cargo há tempos), motores Cosworth (que são os mais fracos da categoria), e muitos outros. Esses "críticos", entretanto, se esquecem que tais elementos fizeram parte da Williams também no ano passado. E, naquela época, eu só ouvia elogios à "promissora temporada" do time britânico. Então, segundo essa lógica distorcida, eles desaprenderam a fazer Fórmula 1.

Por isso, vamos com calma com essa história de apontar culpados. Melhor esperar mais algumas etapas, afinal quem um dia foi grande não merece ter seu trabalho questionado, pelo menos tão precocemente.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Meu caro Ascanelli, muita calma nessa hora...


Essa está no Tazio:

"Tenho muita sorte. Duas vezes na minha vida eu presenciei a perfeição: uma com Senna, e de novo com Vettel", disse o diretor técnico da Toro Rosso em entrevista ao jornal alemão "Bild".

"Em um aspecto, Michael (Schumacher) era diferente porque ele tinha que trabalhar mais para seu sucesso do que Senna e Vettel. Com aqueles dois, era outra coisa."

Minha vez agora:

Que Vettel é um talento, ninguém nega. Agora, dizer que o piloto (após um vice e um título) está no nível de Senna é um absurdo. Pode até ser que no futuro próximo o alemão chegue nesse patamar, mais por enquanto não. Só para citar o grid atual, considero que Alonso e Hamilton (ainda) estão em um patamar superior, e eles não são Ayrton.

E essa afirmação sobre o Schumi? Posso até estar enganado, mas não consigo imaginar que o maior piloto da história esteja em um nível abaixo de Senna, muito menos de Vettel. Por favor, Ascanelli, da próxima vez fale com a cabeça. Essa história de falar com o coração não dá certo...

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Estratégia de marketing sui generis


F1 é um laboratório desenvolvedor de novas tecnologias, certo? Dentre essas tecnologias, está incluso o pneu, concorda? E um pneu moderno significa um pneu mais duradouro, não é verdade? É não. Pelo menos na Fórmula 1 atual, pneus avançados tecnologicamente são aqueles que se degradam com mais rapidez, durando poucas voltas. Aí você pode perguntar: mas quem iria querer associar sua marca de pneus à falta de durabilidade? Pois é, a Pirelli quis.

Essa falta de qualidade dos "calçados" existe, justiça se faça, por imposição dos chefões da categoria, que queriam aumentar o número de paradas para tornar as corridas mais emocionantes (como se emoção mesmo fosse ver os carros parados trocando os pneus; isso a gente vê em qualquer borracharia, ou não?). Diante disso, a Pirelli deveria, no mínimo, ter conversado com os dirigentes da Fórmula 1 para se chegar em um ponto benéfico a ambos, ou seja, um pneu capaz de tornar as corridas mais emocionantes (ao gosto deles, não ao meu), sem que isso ferisse sua imagem. O que vai pensar o espectador comum ao ver os pneus italianos virando pó em alguns minutos durante as corridas? Com certeza, vai olhar com melhores olhos para um Bridgestone, Michelin, Good Year...

A situação pela qual passa a marca italiana me lembra a vivida pela Benetton nos anos 90. Nessa época, fotos chocantes e intrigantes dominavam os anúncios da marca de óculos. Em uma delas, aparecia um paciente com AIDS muito debilitado fisicamente, e junto dele estão seus pais chorando, em um grau de sofrimento que só a relação pai-filho pode proporcionar. Agora, pense: quem, em sã consciência, ao ver aquela propaganda, diria "Opa, vou já comprar meus óculos!". À época, a reação foi de revolta com a exposição de uma pessoa à beira da morte. É o típico exemplo da má exposição de uma marca, um verdadeiro gol contra.

Pois é, muito mais que fazer ações de marketing, a Pirelli deveria se preocupar em não "se queimar", coisa qua a má Publicidade faz desde que o mundo é mundo.

domingo, 17 de abril de 2011

Uma madrugada sem sono: já era hora!

Desde que começou a temporada 2011 de Fórmula 1, as provas aconteceram no período da madrugada. Com isso, o mesmo ritual se repetiu nos três primeiros domingos de corrida: acordava no meio da noite, encontrava um meio de fazer o sono passar, pegava algum petisco e sentava em frente à TV. Apesar de toda a "preparação pré-GP", nas duas primeiras etapas acontecia sempre a mesma coisa: era preciso se levantar ou lavar o rosto para não cair no sono durante os Grandes Prêmios. Diante disso, sempre me fazia a mesma pergunta: "A corrida tá chata porque eu tô com sono ou eu tô com sono porque a corrida tá chata?" O GP da China provou que a resposta certa era a segunda opção. E olha que eu passei a noite toda acordado...

O sono sumiu logo na largada, quando o imbatível Vettel caiu para terceiro e Schumacher largou como nos bons tempos. A seguir, Alguersuari ficou sem pneu logo após realizar seu pit stop, Button errou o local de parar nos boxes e Rosberg assumiu a liderança depois de ter sido o primeiro a trocar os pneus. O mais incrível de tudo isso: sem uma gota de chuva! Depois, Vettel e Massa decidiram realizar só duas paradas, o que acabou sendo um grande erro estratégico. Hamilton passou os dois no braço e no talento, ganhou a prova e ainda viu Mark Webber chegar em terceiro, pulando 15 posições (e calando minha boca).

O sono, como ficou? Tô procurando ele até agora...

Um resultado que faz bem ao campeonato


1°. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), 56 voltas
2°. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), a 5s1
3°. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), a 7s5
4°. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), a 10s0
5°. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 13s4
6°. Felipe Massa (BRA/Ferrari), a 15s8
7°. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), a 30s6
8°. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), a 31s0
9°. Vitaly Petrov (RUS/Renault), a 57s4
10°. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), a 1min03s2
11°. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), a 1min08s7
12°. Nick Heidfeld (ALE/Renault), a 1min12s7
13°. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), a 1min30s1
14°. Sébastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), a 1min30s6
15°. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), a 1 volta
16°. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Renault), a 1 volta
17°. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari), a 1 volta
18°. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth), a 1 volta
19°. Jarno Trulli (ITA/Lotus-Renault), a 1 volta
20°. Jérome D'Ambrosio (BEL/Virgin-Cosworth), a 2 voltas
21°. Timo Glock (ALE/Virgin-Cosworth), a 2 voltas
22°. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth), a 2 voltas
23°. Narain Karthikeyan (IND/Hispania-Cosworth) a 2 voltas
24°. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), Abandonou

Se no treino classificatório a Red Bull é imbatível, na corrida a coisa já não é mais assim. Hoje, no GP da China, ficou claro que Vettel não tem mais um bólido que sobra frente aos demais. E isso é excelente para o campeonato, que deixou de ter um único protagonista e passou a ter mais um real concorrente ao título: Lewis Hamilton. E, diga-se de passagem, isso mal aconteceria, afinal a McLaren do piloto inglês apresentou um problema no motor que quase o fez largar dos boxes. No entanto, a 30 segundos de isso acontecer, Lewis conseguiu levar seu carro para a pista, dando emoção à corrida antes mesmo de ela começar. Vamos aos (outros) destaques:

Calou minha boca: Mark Webber. Sair da 18ª posição para a 3ª em um circuito projetado por Tilke é quase um milagre. Com certeza, o piloto australiano foi o que saiu mais fortalecido no domingo. O antes desacreditado (inclusive por mim) deu sinais de que ainda pode dar muito trabalho a Vettel, como fez ano passado.

Estratégia funcionou: Mercedes. A equipe das flechas prateadas foi a mais eficiente nos pits stops, levando Rosberg a liderar a prova para a equipe pela primeira vez no campeonato (mesmo sendo por somente algumas voltas), e Schumacher a uma posição digna de nota. Saem da China acima da Ferrari.

"Como conseguiram a proeza?": Toro Rosso. Depois de levarem seus dois carros para o Q3 no treino classificatório, conseguiram fazer zero pontos hoje. Inadmissível.

Uma lição para a Virgin: Hispania. A equipe espanhola, sabidamente sem a mínima condição de ser uma equipe de Fórmula 1 decente, conseguiu acompanhar com relativa proximidade as Virgins. Para quem prometia revolucionar a categoria (por exemplo, ao não usar o túnel de vento e a chegar aos pontos esse ano), acabar sendo ameaçado por uma pseudo-escuderia é digno de riso (para mim) ou choro (para eles).

Troféu Chuchu: Ferrari e Williams. Duas equipes que já disputaram o título mundial inúmeras vezes, agora só conseguem disputar mesmo o Troféu Chuchu. Pelo menos a Williams dessa vez levou seus dois carros à bandeira quadriculada, mesmo que sendo daquele jeito (13º para Barrichello e Maldonado atrás de uma Lotus). Sinceramente, perdi a esperança nas duas. No entanto, vai que eles fazem que nem o Webber só para calar minha boca? Eu adoraria.

sábado, 16 de abril de 2011

Destaque - GP da China - Classificação

Confira o grid de largada do GP da China:

1º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), 1min33s706
2º. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), 1min34s421
3º. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), 1min34s463
4º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), 1min34s670
5º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), 1min35s119
6º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), 1min35s145
7º. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), 1min36s158
8º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), 1min36s190
9º. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), 1min36s203
10º. Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault), sem tempo no Q3

11º. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), 1min35s874
12º. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari), 1min36s053
13º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), 1min36s236
14º. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), 1min36s457
15º. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), 1min36s465
16º. Nick Heidfeld (ALE/Lotus Renault), 1min36s611
17º. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth), 1min36s956

18º. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), 1min36s468
19º. Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus-Renault), 1min37s894
20º. Jarno Trulli (ITA/Team Lotus-Renault), 1min38s318
21º. Jérôme D'Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth), 1min39s119
22º. Timo Glock (ALE/Marussia Virgin-Cosworth), 1min39s708
23º. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth), 1min40s212
24º. Narain Karthikeyan (IND/Hispania-Cosworth), 1min40s445

100% Vettel. Três poles em três corridas. Assim como Button em 2009 e Schumacher nos áureos tempos de Ferrari, o piloto da Red Bull já consegue abrir uma vantagem muito perigosa para a concorrência. Pior que isso, nenhuma equipe tem carro no momento para parar o atual campeão mundial. Enquanto ninguém conseguir se aproximar, Vettel se distancia na dianteira e já pode sonhar com o bi. Vamos aos destaques:

Webber, mais uma vez pífio: Com o melhor carro do grid, não passou do Q1. Não merece nem pontuar amanhã frente a tanta incompetência.

Williams, mais uma vez pífia: Para quem prometia surpreender depois do que se viu na pré-temporada, não passar da 15ª posição é no mínimo patético. E, para quem já foi grande, virar a pior das equipes intermediárias é de doer o coração, inclusive o meu, torcedor azul e branco.

Ferrari, abre o olho: Além de Red Bull e McLaren, agora foi a vez da Mercedes de Nico Rosberg passar os carros vermelhos. Se chegarem ao pódio amanhã, já podem considerar uma grande vitória. Um tanto frustante, mas frente às circunstâncias é uma vitória sim.

Toro Rosso e di Resta no Q3: Além da equipe principal, agora a equipe satélite da marca de energéticos também foi bem, chegando à parte final do treino com seus dois carros, coisa que nem a Lotus Renault e a Mercedes (equipes teoricamente superiores) conseguiram. E di Resta mais uma vez prova ter talento e futuro na categoria, ao levar a não tão boa Force India para as primeiras posições.

O GP da China acontece às 3h de domingo (horário de Brasília).

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Vettel, Vettel, mil vezes Vettel!


Classificação - GP da China - Treino Livre 2:

1º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), 1min37s688 (34)
2º. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), a 0s166 (22)
3º. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), a 0s247 (31)
4º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 0s255 (34)
5º. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), a 0s417 (29)
6º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), a 0s819 (36)
7º. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), a 1s047 (35)
8º. Nick Heidfeld (ALE/Lotus Renault), a 1s117 (26)
9º. Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault), a 1s171 (31)
10º. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), a 1s639 (33)
11º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), a 1s850 (33)
12º. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth), a 1s979 (37)
13º. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), a 2s083 (18)
14º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), a 2s091 (17)
15º. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), a 2s140 (25)
16º. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), a 2s237 (32)
17º. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari), a 2s265 (30)
18º. Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus-Renault), a 2s788 (30)
19º. Jarno Trulli (ITA/Team Lotus-Renault), a 3s794 (32)
20º. Narain Karthikeyan (IND/Hispania-Cosworth), a 5s214 (25)
21º. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth), a 6s162 (3)
22º. Jérôme D'Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth), a 6s320 (35)
23º. Timo Glock (ALE/Marussia Virgin-Cosworth), a 7s059 (12)
24º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), sem tempo (0)

Minha empolgação no título deste post não é para menos. O piloto alemão da Red Bull dominou todo o campeonato até agora, e tudo indica que nesse fim de semana não será diferente. Será se estamos vendo o renascer da "Dinastia Alemã" na Fórmula 1? Tenho quase certeza que sim.

Vamos aos destaques:

"O que isso, espanhol?": Alonso foi muito mal hoje. Mas pelo tempo de Massa é possível perceber que a realidade amanhã tende a ser melhor, no entanto não deverá ser digna de louvor, afinal os italianos continuam com menos carro que McLaren e Red Bull.

A lanterna mudou: A Hispania passou para a Virgin o título de pior equipe do grid (pelo menos hoje). Se bem que não faz muita diferença ver uma na frente da outra, ninguém vai vê-los na corrida mesmo...

Williams e Sauber bem parelhas: a tendência para a classificação deve ser essa mesmo. Pode ser opinião passional, mas o blogueiro acredita em um fim de semana menos vergonhoso para os ingleses, como também acredita em uma Sauber competitiva. Amanhã veremos parte dessa história...

Webber, toma vergonha: uma coisa é perder para o companheiro, outra coisa é ser humilhado. Os dois pilotos tem o mesmo equipamento, no entanto o australiano dá vexame e Vettel dá espetáculo. Desse jeito, 2011 é o fim da linha para Webber. A não ser que ele cale minha boca...

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Horner defende Webber: será?

Algumas das frases do chefe de equipe da Red Bull:

"Obviamente que ele ficará desapontado com este começo, mas eu conversei com ele. Perder por pouco um pódio depois da primeira volta que teve é uma grande pilotagem. Eu fiquei realmente satisfeito."

"Mark é experiente o bastante para saber que a temporada é longa, e estes pontos são valiosos. Em finais de semana difíceis ele conseguiu um quinto e um quarto, e isso irá contar no final do dia. Não tenho dúvidas que a hora dele vai chegar nesta temporada."

Vamos agora passar um tradutor nessas frases. Ficaria assim:

"Obviamente que ele está decepcionado, mas eu não. Ele não é mais ameaça para nosso piloto preferido (Vettel), e ainda consegue pontos que servem para o campeonato de construtores. Não há como ficar melhor."

"Mark é experiente o bastante para saber que esse ano ele não é páreo para nosso alemãozinho. Tenho certeza que a hora dele não vai chegar, o Vettel não vai deixar".

Pode até ser maldade minha, mas tenho certeza que o chefe de equipe da Red Bull anda muito satisfeito com seus dois pilotos, mais precisamente com a diferença entre eles. Vamos ver se a diferença aumenta ou não no GP da China. Caso aumente, a chance do campeonato ter um só personagem cresce perigosamente. E, cá entre nós, não haveria nada mais chato.

domingo, 10 de abril de 2011

Destaque - GP da Malásia

GP da Malásia - Resultado da prova:

1°. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), 56 voltas
2°. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), a 3s2
3°. Nick Heidfeld (ALE/Renault), a 25s0
4°. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), a 26s3
5°. Felipe Massa (BRA/Ferrari), a 36s9
6°. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), a 37s2
7°. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), a 49s9
8°. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), a 1min06s4
9°. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), a 1min24s8
10°. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), a 1min31s5
11°. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), a 1 volta
12°. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 1 volta
13°. Sébastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), a 1 volta
14°. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), a 1 volta
15°. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Renault), a 1 volta
16°. Timo Glock (ALE/Virgin-Cosworth), a 2 voltas
17°. Vitaly Petrov (RUS/Renault), Abandonou
18°. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth), Abandonou
19°. Jérome D'Ambrosio (BEL/Virgin-Cosworth), Abandonou
20°. Jarno Trulli (ITA/Lotus-Renault), Abandonou
21°. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari), Abandonou
22°. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), Abandonou
23°. Narain Karthikeyan (IND/Hispania-Cosworth) Abandonou
24°. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth), Abandonou

Vitória fácil de Sebastian Vettel. Em nenhum momento perdeu a liderança da prova, chegando ao lugar mais alto do pódio pela segunda vez em duas corridas. Vamos aos destaques:

Chamou para a briga: McLaren. A equipe inglesa apresentou um bom ritmo de corrida, se afirmando de vez como a única real concorrente da Red Bull nesse início de campeonato. Excelente corrida de Button, que conseguiu terminar em segundo (segunda vez que a McLaren termina em segundo nessa temporada - resultado ótimo para quem não tem o melhor carro).

"Te cuida, Ferrari": Renault. Segundo pódio para a equipe em duas corridas, coisa que nem a Ferrari conseguiu em 2011. Os italianos devem abrir o olho, afinal se a situação persistir a disputa pelo título vai embora bem cedo, assim como em 2009.

Inexplicável: Williams. Um começo de campeonato para esquecer e preocupar. Ainda acho que o carro tem suas qualidades, no entanto se não reagirem rápido vão acabar virando só mais uma equipe apagada do pelotão de trás.

Vai para casa: Schumacher. Apesar de ter pontuado, fez mais uma corrida sem brilho. Minha sugestão para o alemão: Termina o ano, se aposenta e pronto. Eu já estou ficando com vergonha por ele. Um heptacampeão não precisa passar os vexames que ele anda passando. Basta a sua fama de trapaceiro para queimá-lo.

Já tem gente de olho: Paul di Resta. Mais uma vez chega aos pontos e mostra definitivamente que é uma das melhores surpresas do campeonato. A equipe indiana deve estar muito satisfeita em ter substituído Liuzzi, que nunca se destacou em nada. Esse escocês já mostrou que tem talento e futuro na categoria. Tomara que não termine como Hulkenberg, outro que também tem talento mas anda encostado na mesma equipe.

sábado, 9 de abril de 2011

Destaque - GP da Malásia - Classificação

1°. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), 1min34s870
2°. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), a 0s104
3°. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), a 0s309
4°. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), a 0s330
5°. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), a 0s932
6°. Nick Heidfeld (ALE/Renault), a 1s254
7°. Felipe Massa (BRA/Ferrari), a 1s381
8°. Vitaly Petrov (RUS/Renault), a 1s454
9°. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 1s939
10°. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), a 1s950

11°. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), 1min37s035
12°. Sébastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), 1min37s160
13°. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), 1min37s347
14°. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), 1min37s370
15°. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), 1min37s496
16°. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari), 1min37s528
17°. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), 1min37s593

18°. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth), 1min38s276
19°. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Renault), 1min38s645
20°. Jarno Trulli (ITA/Lotus-Renault), 1min38s791
21°. Timo Glock (ALE/Virgin-Cosworth), 1min40s648
22°. Jérome D'Ambrosio (BEL/Virgin-Cosworth), 1min41s001
23°. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth), 1min41s549
24°. Narain Karthikeyan (IND/Hispania-Cosworth) 1min42s574

*107% do tempo do Q1: 1min43s516

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De novo: Mesmo piloto, mesma equipe. A Red Bull de Vettel mais uma vez larga na frente, mas sem a mesma facilidade da Austrália. A proximidade é boa para os espectadores, afinal não seria nada agradável ver o campeonato ser decidido muito antes do fim. E, pelo jeito, não vai ser.

Já chegamos: A McLaren conseguiu tornar a pole uma tarefa mais difícil para a Red Bull. Resta agora saber como os carros da equipe inglesa se comportarão na corrida. Caso a proximidade de desempenhos se mantenha, as coisas tendem a ficar bem animadas amanhã, principalmente por causa do fator "Hamilton".

Estamos cada vez mais longe: A Ferrari não tinha carro para ir além da quinta posição. Ainda acredito que só conseguiu ficar à frente da Renault por causa da diferença entre os pilotos das duas escuderias. Caso contrário, largaria somente como quarta força amanhã.

Até agora, um ano para esquecer: Mais uma vez, a Williams decepcionou. Maldonado foi eliminado ainda no Q1 e Barrichello conseguiu somente uma fraca 15ª posição. Sauber e Toro Rosso estão à frente dos ingleses, e a Force India anda bem perto. Caso nada mude, podem virar a pior das equipes intermediárias.

Vamos correr amanhã: A Hispania conseguiu alinhar seus dois carros no grid de domingo, muito devido à tirada de pé que as equipes favoritas deram na primeira parte do treino. Mesmo assim, já deve ser encarado como motivo de comemoração entre os membros do time espanhol.

O GP da Malásia começa às 5h de domingo, horário de Brasília.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Destaque - GP da Malásia: Treino Livre

GP da Malásia - Treino Livre 2:

1°. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), 1min36s876 (24 voltas)
2°. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), a 0s005 (30)
3°. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), a 0s134 (23)
4°. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), a 0s214 (30)
5°. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), a 1s212 (26)
6°. Felipe Massa (BRA/Ferrari), a 1s213 (31)
7°. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 1s689 (25)
8°. Nick Heidfeld (ALE/Renault), a 1s694 (16)
9°. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), a 1s707 (27)
10°. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), a 1s970 (31)
11°. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth), a 2s092 (25)
12°. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), a 2s311 (30)
13°. Vitaly Petrov (RUS/Renault), a 2s391 (17)
14°. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), a 2s522 (29)
15°. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari), a 2s727 (34)
16°. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), a 2s749 (31)
17°. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), a 2s933 (28)
18°. Sébastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), a 3s239 (31)
19°. Timo Glock (ALE/Virgin-Cosworth), a 3s990 (24)
20°. Jarno Trulli (ITA/Lotus-Renault), a 5s014 (19)
21°. Narain Karthikeyan (IND/Hispania-Cosworth) a 6s321 (15)
22°. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth), a 7s115 (14)
23°. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Renault), a 8s010 (4)
24°. Jérome D'Ambrosio (BEL/Virgin-Cosworth), Sem tempo

Observações:

1) A coisa anda feia para a Ferrari. Além de não ter se aproximado da Red Bull, perdeu de vez o posto de segunda força para a McLaren. Para piorar, vê a Mercedes e a Renault crescendo no retrovisor. O clima não deve estar nada bom para e equipe italiana.

2) Em condições normais, dificilmente a pole fugirá da Red Bull. Apesar do crescimento da McLaren, a equipe austríaca ainda não tem um adversário para chamar de seu.

3) A Williams não pode perder a chance dessa vez. Caso tudo dê certo, é possível conseguir levar ao menos um de seus carros para o Q3 no sábado. Chegou a hora de pontuar para os ingleses.

4) Vai ser uma tarefa duríssima para a Hispania conseguir alinhar seus bólidos no domingo. Não diria um milagre, mas só uma volta perfeita (dentro dos padrões da equipe espanhola) serve para os pilotos de Carabante. Caso a história da Austrália se repita, temo pelo futuro de uma das piores escuderias da história da categoria.

5) Mark Webber parece querer apagar a péssima impressão que deixou na corrida passada. E tem toda razão em querer fazer isso o quanto antes, afinal ele já não é o queridinho da marca de energéticos, portanto não vai querer ver seu companheiro voltar a reunir todas as atenções e estratégias a seu favor. Por tudo isso, aposto que a pole é dele amanhã.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Além da F1: fatalidade ou irresponsabilidade?


Ontem, foi confirmada a morte cerebral do piloto da Copa Montana Gustavo Sondermann. As circunstâncias da fatalidade são um verdadeiro déjà-vu: o carro bateu na curva do Café (em Interlagos), voltou à pista e foi atingido por outro carro. Lembrar de Rafael Sperafico e sua batida no mesmo local (e com as mesmas consequências) é quase um exercício mental imediato. Depois de duas mortes, não seria a hora de ao menos parar e pensar em alguma atitude para evitar novas mortes?

Confesso que meus conhecimentos sobre segurança na pista são limitados. No entanto, observa-se que em ambos os casos os bólidos retornaram à pista depois de baterem na curva. Seria esse o problema? Talvez seja, mas com certeza não é o único.

Já vi batidas piores na Nascar (só para citar uma categoria-irmã) que não resultaram em morte. Com certeza isso se deve à maior segurança que seus carros possuem frente aos fabricados aqui. Há muito tempo os pilotos da Stock Car reclamam desse aspecto no automobilismo brasileiro. A insegurança tanto de carros como de muitas pistas é assustadora, no entanto, não se viu até agora nenhuma tentativa de reversão do quadro. A fatalidade é inevitável, mas será se a morte do último fim de semana foi só uma fatalidade? Duvido.

domingo, 3 de abril de 2011

Alternância de poder


Ferrari e McLaren são as equipes mais tradicionais e vitoriosas da história da Fórmula 1. A categoria deve muito ao sucesso de ambas, que acabaram criando uma legião de fãs e uma rivalidade que engrandece o espetáculo. Nos últimos anos, uma coisa interessantíssima acontece: uma termina à frente da outra e no ano seguinte acontece o inverso, um caso sui generis e que ratifica a proximidade de ambas.

Em 2007, a Ferrari se saiu melhor com Kimi Raikkonen, mas quem tinha o melhor carro era a McLaren. Em 2008, o campeão foi Hamilton, mas eram os italianos os donos do melhor monoposto. Em 2009, os ingleses foram melhores e no ano seguinte Alonso só não superou a máquina de Vettel. É essa igualdade que torna a disputa entre as duas muito interessante. Só que agora eles têm um adversário com poder de fogo, a Red Bull. E torço muito para que o acirramento passe a ser à três, por isso quero ver Ferrari e McLaren bem mais próximas dos carros da marca de energéticos. A Fórmula 1 ganharia muito com isso, e nós também.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Massa: definitivamente, frustrante.

Confesso que nunca fui dos maiores fãs de Felipe Massa. Já dos tempos de Sauber, achava-o um bom piloto, mas nada muito espetacular a ponto de colocá-lo na seleta lista de pilotos que já defenderam a lendária Ferrari. No entanto, decidi esperar seus primeiros anos na escuderia italiana para poder fazer uma avaliação mais ponderada.

Em 2006, ainda à sombra de Schumacher, fez uma temporada decente. No ano seguinte, não foi muito bem: ofuscado por Raikkonen, o campeão de última hora, conseguiu ser somente um bom segundo piloto. 2008 foi o seu melhor ano, que só não terminou com um título por causa dos erros infantis da equipe de Maranello. E parou por aí, já que em 2009 ocorreu o acidente que o afastou de boa parte da temporada, e 2010 foi aquela porcaria que todos nós vimos. Honestamente, até o tão criticado Barrichello conseguiu fazer mais em 5 temporadas.

O que o destino reserva a Massa caso ele continue nesse calvário? Pilotar pela Ferrari é que não vai ser. A lista de candidatos à sua vaga é imensa, e a sua atuação nas provas é pífia. São os ingredientes perfeitos para uma "demissão à italiana". Só uma mudança radical de postura pode mudar tal prognóstico. Entretanto, à primeira vista, parece que nada mudou. Ruim para Felipe, péssimo para o Brasil, que em se tratando de Fórmula 1 anda muito mal das pernas.