sexta-feira, 25 de março de 2011

Ela faz falta

Eu sinto falta dela. Ela dava a meus fins de semana uma grande alegria, muitas boas recordações. Contava os dias para ter de volta aqueles poucos (mas muito emocionantes) tempos. Não conseguia me imaginar sem ela a meu lado, a nossa relação parecia ser para sempre e ininterrupta. Mas não era. Quando acabou, a saudade bateu, mas era preciso deixar o tempo passar. E o tempo sempre faz ela voltar. Ela tem nome, afinal? Tem sim, é Fórmula 1.

Fórmula 1 é como uma namorada desequilibrada: no final do ano, larga a gente, mas é só passar alguns meses, ela vê que fez besteira, e volta correndo. Só que ela faz isso todo ano e a gente sempre aceita de volta todo ano, mesmo com algumas mudanças malucas na sua aparência ou na personalidade. Apesar de aparentar ser outra à primeira vista, sua essência é a mesma, por isso não dá para simplesmente largar. Às vezes, mesmo sendo chata, monótona ou apagada, ainda consegue divertir. Mas, quando quer, sabe ser espetacular. E a gente tem que aproveitar essas ocasiões, cada vez mais raras.

Em alguns locais ela consegue dar o máximo de si (Spa, Melbourne, Montreal), já em outros a gente discute e eu desisto dela antes do fim de semana acabar (Abu Dhabi, Bahrein). Mas, entre mortos e feridos, estou melhor acompanhado do que só. Mesmo sendo com essa bipolar chamada Fórmula 1.

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