domingo, 13 de março de 2011

Novatas: decente mesmo só a Lotus...

Desde a sua concepção, sempre achei precipitada a ideia da FIA em 2009 de destinar mais vagas no grid para equipes estreantes. Lógico que para os fãs de Fórmula 1 isso parecia ótimo (uma largada com 26, 28 carros deveria ser no mínimo interessante), mas a forma como as coisas se desenrolaram me levou a pensar que tudo aquilo resultaria em um grande fiasco. Pelo jeito, não me enganei completamente.

Logo de cara, uma das melhores propostas foi descartada: a da Prodrive, liderada por David Richards. O motivo: eles não queriam usar os motores Cosworth, e sim os Mercedes. De longe, era a mais audaciosa das propostas oferecidas. Apesar disso, a FIA fez pouco caso e preferiu apoiar equipes que usariam os novos motores.

Ao final do processo, foram 4 as equipes escolhidas: Lotus, Virgin, Campos e USF1. Dessas, a USF1 nunca foi ao grid, e a única coisa que se conheceu do bólido americano foi o bico. A Campos nunca correu com esse nome: a falta de dinheiro fez com que a equipe espanhola fosse comprada pelo grupo Hispania e virasse a (patética) equipe Hispania Racing. Pelo jeito, é melhor falar das outras...

A Virgin chegou com uma proposta interessante, um empresário ousado (sir Richard Branson), um carro teoricamente inovador (feito sem o uso do túnel de vento) e dois pilotos que poderiam trazer bons resultados. Ao final, no que foi que isso tudo deu? Nada. O carro era o menos confiável do grid, inclusive com o ridículo tanque de combustível que não conseguia terminar as provas. Resultado: último lugar dos construtores. Para esse ano, parte da equipe foi vendida ao grupo Marussia e as inovações no novo bólido foram ridículas. A extinção parece ser mais real que nunca, pelo jeito.

E a Lotus? A única que realmente foi equipe de F1, na minha opinião. Dentro de suas possibilidades, construiu um monoposto razoável em sua primeira temporada (chegou a andar a 1s da Sauber em alguns momentos), conseguindo ser a melhor das estreantes. Para esse ano, fechou contrato de aquisição dos motores Renault e parece ter um carro capaz de chegar aos pontos em alguns momentos. Frente às inúmeras dificuldades enfrentadas (inclusive a perda da garantia de que o teto orçamentário seria adotado), merece de todos nós os parabéns.

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