quarta-feira, 23 de março de 2011
É como atender o Blackberry, fritar ovos e amarrar o sapato ao mesmo tempo.
Vitaly Petrov soltou essa frase ao ser questionado sobre como seria lidar com os novos botões no volante a 300km/h. Ao imaginar uma cena dessas, cabe perguntar: onde entra o talento? O piloto virou um mero condutor da máquina, um "apertador" de botões?
Infelizmente, hoje, a figura humana dentro do cockpit é algo quase que secundário. Tendo um carro vencedor, não importa qual o piloto que o guia: a equipe será campeã. Nada contra Button, mas ele é o melhor exemplo de como um piloto apenas regular consegue o título graças à máquina.
Com isso, não quero dizer que no passado o carro não valia de nada, pelo contrário, ele tinha sua importância, só que essa importância era relativizada. Naquela época, o bom piloto podia bater o bom carro muitas vezes. Agora, isso é quase impossível.
São os novos tempos. Mas não se deve esquecer que a Fórmula 1 é um esporte, e como tal deve ter como protagonista o ser humano. Tenho certeza que tudo se tornaria muito mais interessante com uma inversão de valores. O show se tornaria muito mais enriquecedor.
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