terça-feira, 8 de março de 2011

E os brasileiros na Fórmula 1, hein?

Hoje o Brasil conta com somente dois pilotos titulares no grid: Rubens Barrichello e Felipe Massa. A modesta participação brasileira não representa o fim do mundo, mas algumas questões merecem a nossa atenção (e preocupação).

Para começar, não poderemos contar com Barrichello por muito mais tempo. Tudo indica que ele tenha mais uns dois anos de Fórmula 1 e pronto. Já a situação de Massa é um pouco diferente: a meu ver, o auge de sua carreira foi em 2008, quando o título ficou no "quase". Com isso, não o vejo correndo pela Ferrari o resto da carreira (continuo acreditando que ele será melhor que Alonso esse ano, mas os traumas de 2010 ainda pesam). Ele provavelmente irá parar em uma equipe menor, assim como Rubens em 2006. Dessa forma, represento meu maior medo em uma pergunta: como o Brasil terá um piloto em uma das grandes escuderias? Confesso que não sei, principalmente ao relembrar como nos saímos ano passado.

Em 2010, Bruno Senna e Lucas di Grassi chegaram como as promessas para um futuro mais brilhante do país na categoria. Senna chegou contratado pela equipe Campos, que à época parecia ser, das equipes novatas, a mais promissora. O resto da (infeliz) história, a gente já sabe: Campos virou Hispania, o carro feito pela Dallara era um lixo e Bruno não conseguiu mostrar nada. O enredo da história de di Grassi é muito parecido: assinou com a equipe de sir Richard Branson (que estava super empolgado com a nova aventura empresarial; a empolgação não chegou nem a 2011) e também passou a temporada com resultados pífios.

Agora, Bruno se encontra na reserva da Lotus-Renault GP, a melhor das opções disponíveis. Já Lucas parece que vai virar piloto do arquiteto Tilke, o que é até interessante. No entanto, apesar de estarem (no meu modo de pensar) melhores agora, ver o futuro do Brasil na Fórmula 1 sem lugar no grid é assustador. Pelo jeito, a seca de títulos não vai acabar tão cedo...

Um comentário:

  1. Caro Renan, concordo plenamente com suas colocações. Acredito veemente que Rubinho não tolera mais muitos anos de fórmula 1 e que sua utopia de ser novamente o piloto principal do Brasil vai finalmente acabar e ele cairar na graça de saber que bem que tentou, mas apesar das emocionantes vitórias ficou mais tempo sendo chacoteado do que vangloriado. Já Massa, lhe resta o conforto de saber que seu futuro não é incerto, pelo contrário, é visível que ele é o novo Rubinho - cometeu os mesmos erros, sofre com as mesmas ordens da equipe, foi vítima da mesma chacota e tornou-se, ou melhor, fincou-se como eterno 2º piloto que provavelmente irá para uma equipe menor alegando falta de prestígio. Quanto a Senna resta-lhe o passado do tio que não convence mais niguém, nem msm a Renault quando Kubica acidentou-se - afinal de brasileiro a Renault ainda deve ter pesadelos. E de Grassi? Resta-lhe fazer tal qual Burti e outros ->Stock Car. E quanto a nós: resta-nos lembrar dos tempos de Ayrton, o verdadeiro Senna, quando acordávamos aos domingos ou nem sequer dormíamos sabendo da certeza que soaria o hino da vitória.

    ThalissoS.C.

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