terça-feira, 26 de abril de 2011

O que acontece contigo, Williams?

Após três etapas do campeonato, os resultados da Williams são os piores desde 1978, época de sua fundação. Até agora, a escuderia conseguiu a proeza de abandonar com ambos os carros nas duas primeiras provas, e no GP da China só foi capaz de alcançar um 13º lugar com Barrichello e um 18º com Maldonado. Analisando somente os resultados, os ingleses estão mais próximos da Lotus do que das outras equipes intermediárias. Isso posto, e levando em consideração o relativo sucesso conseguido em 2010 (uma pole position após vários anos e um honroso 6º lugar entre os construtores), cabe questionar: o que acontece contigo, Williams?

Eu, particularmente, não sei. Minha dúvida existe por causa de um evento ocorrido lá no começo do ano, responsável por dar início às especulações sobre quem está na frente de quem: a pré-temporada. Nessa época, a equipe inglesa foi considerada, inclusive por mim, uma candidata a pódio logo nas primeiras provas (no primeiro texto deste blog vocês podem encontrar meu erro crasso). Parecia, em determinados momentos, estar no mesmo nível de Mercedes e Renault. E o que de verdade aconteceu foi o contrário: em vez de evoluir, a Williams regrediu.

Várias teorias que explicam a regressão já podem ser encontradas na Internet. Elas culpam tudo quanto é tipo de coisa: a falta de dinheiro, Adam Parr (diretor da equipe, culpado por não ter atraído investidores), Sam Michael (diretor técnico que não conseguiu grandes feitos, mesmo assim permanece no cargo há tempos), motores Cosworth (que são os mais fracos da categoria), e muitos outros. Esses "críticos", entretanto, se esquecem que tais elementos fizeram parte da Williams também no ano passado. E, naquela época, eu só ouvia elogios à "promissora temporada" do time britânico. Então, segundo essa lógica distorcida, eles desaprenderam a fazer Fórmula 1.

Por isso, vamos com calma com essa história de apontar culpados. Melhor esperar mais algumas etapas, afinal quem um dia foi grande não merece ter seu trabalho questionado, pelo menos tão precocemente.

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