quarta-feira, 24 de agosto de 2011

$enna


Pois é, o cifrão no título do post já diz tudo: Bruno Senna, o mais novo titular da Renault (pelo menos em Spa) só conseguiu a vaga por causa dos patrocínios. O chato pode perguntar onde está a novidade, mas antes disso já alerto: o que quero destacar aqui não é o patrocínio em si, mas as desculpas dos chefões ao se abordar o assunto. Será se falar a verdade faz tão mal assim?

No mundo ideal, a sinceridade faria os dirigentes falarem: "Sim, contratamos o Bruno porque junto com ele veio uma quantidade de recursos que nos ajudará a fazer uma equipe com maior qualidade e sem prejuízos. Além do mais, ele não é um péssimo piloto, não fará nem mais nem menos do que Heidfeld". Tem alguma mentira no que o dirigente dos sonhos falou? Oras, o Bruno sabe que a Fórmula 1 contemporânea é movida pelo dinheiro para os pilotos não-extraterrestres, tanto é que ele passou o ano inteiro atrás de gente com grana para bancá-lo em um cockpit. As regras do jogo são essas, portanto azar dos outros.

Não tenho nada contra esse tipo de contratação. Entretanto, acho que deve haver um certo tipo de critério: dinheiro entra na roda, mas o talento e outros predicados não devem ser deixados simplesmente de lado. Uma coisa é contratar o decente Bruno Senna cheio do dinheiro, outra é contratar um rico Yudi Ide da vida (no Google você encontra a "ficha criminal" do japonês). Ainda é possível para as equipes terem benefícios financeiros sem prejuízos humanos, mas para isso é preciso paciência para que o parceiro ideal surja. A Renault que o diga.

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