sábado, 13 de agosto de 2011

Aposentar-se ou não, eis a questão

Há tempos que Barrichello bate na trave. Títulos? Quem dera, a "trave" na qual ele vive batendo é a da aposentadoria. Não só na imprensa, como também no próprio paddock, sempre correm soltas as especulações sobre quando o piloto brasileiro vai pendurar as chuteiras (ou a sapatilha... ou o chinelo... faz o seguinte, escolha o que quiser). Semana passada, as declarações de Rubens sobre os rumos da Williams assustaram até aqueles já acostumados com o seu estilo boca-louca. Seria o começo do fim? Antes de tentar responder, vejamos alguns trechos de sua fala:

"É uma situação incrível, não sei se vou continuar nestas condições. Nos últimos meses, trouxemos muitas peças aerodinâmicas, não pudemos testá-las completamente e, sinceramente, você não pode usar uma corrida para testar."
“Jamais quis ser um piloto de testes."

“Nós estamos confusos, a equipe está envolta em incerteza.”


É a velha história: se o chama apagou, se a vontade cessou, se o tesão sumiu, vai para casa. Pelo tom das afirmações, Barrichello ainda tem tudo isso. Talvez o que faça o brasileiro sentir essa mistura de decepção e raiva seja a fé que ele tinha na equipe. Não resta a menor dúvida que o piloto esperava muito mais da Williams, escuderia que poderia ajudá-lo a ter um fim de carreira respeitável. Em troca, ele ofereceria sua experiência para o desenvolvimento do carro. Na teoria, tudo lindo, mas na prática, nada deu certo. Dará em 2012? Dificilmente. Portanto, o melhor que os dois podem fazer é uma separação amigável. Caso isso aconteça, Rubinho ficará a pé, apesar de ainda ter a chama, a vontade e o tesão. Triste, não?

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