sábado, 4 de junho de 2011

Nelsinho e a Fórmula 1

Reproduzo aqui uma notícia do Tazio. Parafraseando Reinaldo Azevedo (colunista da VEJA), volto em seguida:

Em entrevista à revista “ESPN” deste mês, Nelsinho Piquet enalteceu seu desejo de continuar trilhando seu caminho na Nascar e apontou a F1 como “o pior exemplo da Europa”.

O brasileiro, que atualmente compete na Truck Series, afirmou que o sucesso na categoria máxima do automobilismo mundial depende de sua condição dentro da equipe.

“A F1 é o pior exemplo da Europa. Tem uns caras, como [Fernando] Alonso, [Lewis] Hamilton, [Sebastian] Vettel, que estão numa posição muito boa. Os outros estão quase se afogando, tentando sobreviver a patrão bravo, levando ameaça se ficarem atrás do seu companheiro de equipe no treino”, contou Piquet, que disputou 28 GPs entre 2008 e 2009 na Renault, ao lado de Fernando Alonso.

“O melhor piloto do mundo estava ao lado, eu era um novato, meu chefe [Flavio Briatore] era um cara bravo que gosta de resultados e não aceita desculpas.”

“Se você está numa situação boa, é maravilhoso. Se não está num carro bom, ou não tem contrato bom, não vive uma vida saudável. É assim com 70% dos pilotos. Agora, até o [Felipe] Massa passa por isso. Está tomando um pau enorme do Alonso e está preocupado”, declarou.

Nelsinho elogiou a velocidade de Alonso, apontando o piloto espanhol como o melhor da categoria: “É o melhor, sem dúvida, muito completo. Quando eu fazia a volta perfeita, só ficava igual a ele. Alonso está sempre no máximo. É arrogante quando precisa, é egoísta nas horas certas.”

Contente e estabelecido nos Estados Unidos, Piquet reafirmou suas intenções de obter sucesso na categoria norte-americana.

“Quero conquistar a categoria, ser o primeiro brasileiro a ter sucesso aqui e abrir as portas para outros. Não falta dinheiro. Brasileiro vai à Europa gastando horrores”, disse.

Minha vez agora:

Concordo com tudo dito por Nelsinho. A Fórmula 1 de hoje vive em função de resultados, mesmo que os pilotos estejam em carros sem condições para muita coisa. Por exemplo, será se o pessoal da Virgin esperava algo mais de Lucas di Grassi ano passado? Será se eles realmente acreditavam em um bom desempenho do brasileiro na categoria com uma carroça daquelas? Glock também não fez nada e ficou. O motivo: muito mais o prestígio do piloto do que propriamente seu desempenho.

Apesar de concordar com as afirmações, não dá para esquecer a arrepiante história do GP de Cingapura de 2008. O que Nelsinho fez foi de uma falta de personalidade tremenda, a ponto de eu acreditar que tal fato é o real motivo de ele não estar na categoria atualmente, muito mais que o seu rendimento dentro das pistas. O saldo que o filho de Piquet deixou foi bem negativo, no entanto ele tem uma grande chance de não repetir esse final trágico nos Estados Unidos. Nelsinho merece essa segunda chance no automobilismo.

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