Bem amigos, é chegada a hora da despedida

Amigos, esse é o último texto de "F1 em destaque". Depois de mais de 150 posts, nosso blog chega ao fim, mas é por um bom motivo. Agora, fazemos parte do meionorte.com, o maior e melhor portal do meio norte do país. Por aqui, não haverá mais nenhuma atualização, mas o que já foi publicado continua disponível. Espero que todos visitem e gostem do nosso novo espaço.

Para aqueles que cometeram a insanidade de adicionar este blog nos seus Favoritos, segue o novo endereço, para que uma nova insanidade seja cometida: http://www.meionorte.com/formula1

Muito obrigado e te espero lá!

Além da F1: Copiando quadro dos outros - Parte 1

Além da F1: Whitney Houston - "We'll always love you"

Depois de tanto tentar, Whitney Houston se foi nesse último sábado. Como assim "de tanto tentar"? Explico: Whitney fez de tudo para acabar com sua carreira, ou melhor, com sua própria vida. Drogas, um casamento completamente destruído (e destrutivo), boa parte de um talento jogado no lixo. Houston viveu nesse clima durante boa parte de seus últimos anos, com um único grande momento de ressurreição, no caso o lançamento de seu álbum "I look to you", em 2009. Antes e depois disso, nada de músicas novas ou notícias relacionadas à sua voz. Somente escândalos e mais escândalos.

Só agora o sofrimento de Whitney acabou. No seu rosto, sempre se viu aquela expressão de infelicidade ou de uma felicidade mascarada, "química", mórbida, quase que escancarando o fim que se avizinhava. Agora que tudo teve um ponto final, só nos resta lembrar os momentos que realmente valeram a pena. Abaixo, dois exemplos daquilo que fez de Whitney a maior recordista de prêmios na música. Do primeiro tenho recordações pessoais. "I'll always love you" talvez seja a primeira música que eu ouvi e que minha mente guarda recordações, lá por volta de 1995 mais ou menos. A segunda não me é tão marcante, mas não há quem nunca tenha ouvido pelo menos menos uma vez: "The Greatest Love of All".

Jerez com Alonso na frente

Teste de Jerez - último dia
1º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), 1min18s877 (39 voltas)
2º. Jean-Éric Vergne (FRA/Toro Rosso-Ferrari), a 0s720 (80)
3º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), a 0s729 (50)
4º. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), a 0s763 (86)
5º. Romain Grosjean (FRA/Lotus-Renault), a 0s852 (95)
6º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), a 0s957 (76)
7º. Nico Hulkenberg (ALE/Force India-Mercedes), a 1s100 (90)
8º. Bruno Senna (BRA/Williams-Renault), a 1s255 (125)
9º. Jarno Trulli (ITA/Caterham-Renault), a 3s337 (117)

O mais distraído deve pensar agora: "Nossa, a Ferrari veio com tudo! Alonso já fez o melhor tempo pra mostrar quem manda!". Ferrarista que sou, eu até queria ver o mundo dessa forma. Mas não dá, para mim esse tempo do espanhol é pura enganação, ou melhor, é puro tanque vazio. Dentro da própria equipe já existem reclamações sobre o novo modelo, e essas reclamações vieram de Pat Fry e Felipe Massa, dois dos maiores conhecedores do F2012. Portanto, pelo menos nesse início, a Ferrari tem cara de que continua em 2011, o que não é nada bom.

Por outro lado, gostei do que vi na Lotus. Como não acredito que eles andaram de tanque vazio todo o tempo, merecem uma atenção a mais. A equipe ocupa sempre as primeiras posições dos treinos e tem uma dupla de pilotos bem interessante. O carro, à primeira vista, parece ser o que mais evoluiu dentre todas do grid, à exceção das que não estrearam. Não aposto todas as minhas fichas, mas duvido que a Lotus desse ano esteja fazendo o teatro que a Williams fez ano passado. Melbourne nos dirá se estou certo ou não.

Jerez e, é lógico, Wando

Hoje ocorreu o segundo dia de testes da pré-temporada em Jerez de la Frontera, Espanha. Na frente, Schumacher com sua antiga Mercedes. De novo, isso não quer dizer absolutamente nada, mas para o alemão, no alto de seus 42 anos, é importante sempre mostrar serviço, tal como fez hoje. Em segundo, Mark Webber, mostrando que a Red Bull continua ali, na frente, soberana, inalcançável. E, lá atrás, Ferrari e McLaren. Vamos com calma, isso não quer dizer absolutamente nada, repito. São tantas coisas para se testar em tão pouco tempo que é impossível exigir algum tipo de resultado (leia-se "primeiros lugares") nesses primeiros dias. Portanto, muita cautela antes de decretar o fracasso de ambas esse ano.

Hoje também morreu Wando. Para mim, foi o cara que mais conseguiu representar aquele amor corno, sofrido, erótico de um homem para uma mulher. Ele pode ser tachado de brega, vulgar, tarado, mas na minha mente só consigo ver um Wando apaixonado, o Wando colecionador de calcinhas, o Wando que não tinha medo de ser um devoto das mulheres (“Você é luz, é raio, estrela e luar...”), um brocha (“Beijo suas costas e nada... / caem dos meus olhos duas lágrimas geladas”) ou, simplesmente, um sofredor ( “Aquele amor filho da puta me deixou/ô, uouô uouô uouô"). O Brasil perdeu o maior entendedor da alma feminina, um gênio da raça, um brega sem-vergonha. Que as mulheres usem calcinha preta hoje.

Destaque - Jerez - Pré-temporada 1

F1 – Testes de Jerez (manhã):
1º. Kimi Raikkonen (FIN/Lotus-Renault), 1min19s670 (50 voltas)
2º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), a 0s102 (52)
3º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 0s549 (56)
4°. Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso-Ferrari), a 1s024 (40)
5º. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), a 1s864 (44)
6º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), a 1s864 (17)
7º. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), a 2s696 (22)
8º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), a 3s145 (51)
9º. Heikki Kovalainen (FIN/Caterham-Renault), a 3s508 (28)
10º. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Renault), a 3s701 (25)
11º. Pedro de la Rosa (ESP/HRT-Cosworth), a 4s539 (32)
Os carros foram para a pista. Lógico que não é possível tirar nada desse primeiro dia de testes, mas duas suspeitas já podem ser feitas. A primeira é que Raikkonen andou na tocada de classificação e corrida, e não na de shakedown ou "primeiras voltas no carro novo", o que é muito bom, afinal ele precisa desenferrujar um pouco. So que isso não é lá a melhor coisa do mundo para a equipe. Assim sendo, sobrou para o Grosjean fazer a parte chata da coisa, ou seja, acertos de suspensão, aerodinâmica e outras coisas pelas quais o finlandês nunca se interessou.

A segunda constatação, mudando um pouco de foco, é que os novos modelos conseguiram ficar ainda mais feios na pista. Sei lá, as curvas sinuosas do restante do carro não combinam com aquele degrau no bico, reto e estranho. "Cara de ornitorrinco" é um apelido até simpático para os modelos 2012. Ao se juntar todos eles, o novo carro da McLaren parece ter sido feito em outro planeta de tão bonito que é. Vamos ver se a Mercedes muda minha opinião. Até!

Williams: começo de novos tempos?

Hoje foi a vez de a Williams apresentar seu novo carro, o FW32. Confesso que, ao ver a foto de apresentação, fiquei abismado com o macacão usado pela dupla Maldonado e Senna. Eu não entendo nada de estilo de macacões, mas aquilo está horroroso. Eu sei que a grana anda pouca por lá, mas bastava copiar o modelo do ano passado, eles já não passariam vergonha. Quanto ao carro, nada de muito espetacular, afinal o degrau no bico está ali, dando um tapa na cara dos fãs da categoria e de todos que gostam de ver algo bonito, nem que seja só um carro. Para não dizer que tudo é feio, gostei do tom de azul bem escuro do carro, um tom que lembra a Prost da década passada.

A dupla latina, para mim, é uma das mais fracas do grid, só que eles vêm com tanto dinheiro que não dá para acusar Frank Williams de mercenário ou coisa parecida, afinal é essa "duplinha" que vai garantindo a permanência da equipe inglesa no grid, nem que seja só para desonrar o passado de vitórias. Espero estar enganado, mas não vejo um ano lá muito promissor para eles, mesmo com o novo motor Renault. Próxima parada, o novo carro da Mercedes. Até lá!